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POLUIÇÃO

Soltura de balões pode matar animais marinhos e é proibida na Flórida (EUA)

Os balões podem ser levados até o mar pelo vento e consumidos por aves marinhas, tartarugas, entre outros animais

27 de junho de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Animais marinhos serão protegidos por uma nova lei da Flórida, Estados Unidos, que proíbe a liberação intencional de balões. A lei, assinada pelo governador republicano Ron DeSantis na segunda-feira (24/06), substitui a proibição existente de liberar dez ou mais balões dentro de 24 horas. A lei é elogiada por ativistas pelos direitos animais.

“Os balões estão entre os plásticos oceânicos mais mortais para a vida selvagem e são a forma mais letal de detritos plásticos para as aves marinhas. A nova lei da Flórida ajudará a salvar os animais marinhos dessas mortes evitáveis”, disse Hunter Miller, um representante da Flórida da ONG Oceana, com sede em Washington.

A lei isentará crianças menores de 7 anos. Qualquer outra pessoa pode ser multada por poluição caso solte intencionalmente um único balão. A nova lei também remove uma isenção para balões biodegradáveis.

A análise do projeto preparada para os legisladores observa que a liberação de balões é comum em casamentos, funerais, eventos esportivos, formaturas e várias celebrações.

Após esforços para limitar sacolas plásticas e canudos, a campanha dos ativistas contra a liberação de balões ganhou força. O Legislativo da Flórida anteriormente barrou os governos locais de proibir sacolas plásticas. Em 2019, DeSantis vetou um projeto de lei que teria temporariamente proibido os governos locais de banir canudos plásticos.

A Flórida é uma grande península sem nenhum ponto a mais de 97 quilômetros do Oceano Atlântico ou do Golfo do México. Os balões podem ficar flutuando por dias, e os ventos e correntes podem levá-los para longe do ponto inicial de liberação.

Quando desinflam e caem, tartarugas marinhas os confundem com um de seus alimentos favoritos: águas-vivas. Pássaros, peixes-boi, baleias e outros animais marinhos também ingerem balões, que podem bloquear seus sistemas digestivos, levando à inanição.

“O lixo de balões nos corpos d’água afeta mais de 260 espécies em todo o mundo e foi identificado como um dos cinco tipos de detritos marinhos mais mortais em termos de risco que representa para a vida selvagem marinha”, disse a análise legislativa, acrescentando que os animais também podem se enroscar nas cordas dos balões.

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