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PARCERIA

Solidária, cadela faz companhia para irmã grávida e a ajuda a criar os filhotes

9 de abril de 2024
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Num dos momentos mais importantes da vida de Erica, a cadela mix de pit bull, foi deixada para trás. Grávida de 13 filhotes, foi abandonada num abrigo para animais pela própria família, que alegou não conseguir arcar com suas despesas, bem como as da sua irmã, Diamond, da mesma raça e dois anos mais velha.

Diante dessa situação, Erica foi imediatamente encaminhada para uma família de acolhimento temporário (FAT), onde poderia estar tranquila numa casa, longe dos barulhos e estresses de um abrigo. No entanto, mesmo num lar, os tutores adotivos perceberam que a cadela estava ansiosa e nada confortável.

Ao entrarem em contato com a Twenty Paws Rescue, a associação nova-iorquina que as acolheu, todos tentaram descobrir o motivo. E graças aos documentos da pit bull, descobriram que sua irmã estava vivendo numa jaula e, assim como ela, não comia, nem bebia ou dormia, sentindo falta da companheira com quem vivia.

Dois dias antes dos filhotes virem ao mundo, em setembro de 2023, Diamond foi para a mesma FAT. Dos 13 filhotes, 11 nasceram saudáveis e dois já estavam mortos. Inicialmente, a mãe não permitiu que a irmã se aproximasse, e Diamond respeitou isso, mantendo-se distante e observando os sobrinhos de longe.

No entanto, a emoção era tão grande que Diamond também começou a produzir leite. “Quando percebemos que Erica estava exausta e precisava de uma pausa, trocamos as duas e Diamond assumiu o papel de mãe. Ela os amou, preparou-os, alimentou-os e foi muito paciente. Depois, elas começaram a alimentá-los e a cuidar de todos juntas”, disse Rachel, fundadora da associação, à revista “People”.

Juntas, as duas irmãs começaram a criar os filhotes juntas. Em dezembro, quando os filhotes completaram quase três meses e já haviam recebido as primeiras vacinas e microchip, todos foram para novos lares — exceto Erica e Diamond.

A mãe de cinco anos e 30 quilos e a cadela mais velha, de sete anos e 34 quilos, respectivamente, continuaram sem receber qualquer interesse de possíveis adotantes. Mas permaneceram inseparáveis, fazendo tudo o que podiam juntas. “Elas vão para a creche canina, deitam-se e aconchegam-se juntas na cama. Levantam-se e brincam um pouco, mas depois voltam a estar juntas. Estão sempre lado a lado e dormem numa posição yin-yang, como chamamos”, brincou.

O vínculo que criaram ainda no antigo lar tem ajudado as duas irmãs a lidarem com o trauma do abandono. Agora, como é de se esperar, procuram uma família que as acolha em conjunto. “Tem que ser”, enfatizou Rachel. “Elas são muito amorosas, afetuosas e brincalhonas. Além disso, são muito simples de cuidar; não pedem muito além de comida e amor”, compartilha.

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