Um verdadeiro mar de baleias foi observado entre domingo (4) e segunda-feira (5) na costa catarinense. Resultados preliminares do 1º monitoramento aéreo da temporada 2022 apontam que mais de 230 baleias-francas estão visitando o litoral para reprodução e o cuidado de seus filhotes.
O sobrevoo percorreu desde a praia do Campeche, em Florianópolis, até Balneário Rincão, estendendo-se a ilha dos Lobos, no Rio Grande do Sul. A iniciativa faz parte do Programa de Monitoramento de Cetáceos, realizado pela SCPAR Porto de Imbituba e executado pela Acquaplan.
A iniciativa teve de ser realizada em dois dias, devido à grande quantidade de baleias que já vinham sendo avistadas pelas equipes do monitoramento terrestre desde julho e a histórica expectativa de um número maior de baleias agora em setembro, pico da temporada.
As áreas de maior concentração dos animais foram Imbituba, Garopaba e Palhoça. Dentre as avistagens, a maioria eram pares de fêmeas com filhotes. O grupo localizou três filhotes semi-albinos.
O objetivo do sobrevoo foi realizar o censo das baleias, registros fotográficos para sua posterior identificação e análise da distribuição da espécie na APA da Baleia Franca. A equipe que participou da coleta de dados aéreos foi composta por dois biólogos e um oceanógrafo.
“Os resultados preliminares apontaram a presença de 233 baleias-francas na região, um número que nos surpreendeu e foi além da previsão da equipe técnica envolvida. Nosso próximo passo é analisar as fotos e dados, conferir os grupos observados e trazer um resultado definitivo, o que pode variar um pouco desse levantamento prévio”, destaca Gilberto Ougo, oceanógrafo da Acquaplan e coordenador do monitoramento do Porto de Imbituba.
Programa de Monitoramento
O Programa de Monitoramento do Porto de Imbituba está em sua 14ª edição e segue com o monitoramento terrestre até 30 de novembro, quando termina a temporada e está previsto o último sobrevoo.
De acordo com Camila Amorim, oceanógrafa da SCPAR Porto de Imbituba, “a predominância de baleias na região da Imbituba reforça a relevância ecológica da área para a espécie e, consequentemente, da continuidade das ações de monitoramento, que geram informações importantes para subsidiar medidas de conservação desses animais e dos ecossistemas costeiros”.
Fonte: ND+
