Eles sobrevivem juntos.
Um tem somente o outro como companhia nesse mundo tão grande.
E naquele momento o irmãozinho peludo lhe pediu um abraço, apenas um abraço.
Ele mesmo confuso com tantos pensamentos a lhe embaralhar a consciência, parou se abaixou e deu o mais fraternal e apertado abraço que poderia oferecer.
Ficaram ali, os dois abraçados por eternos segundos.
Um homem ocupado em sobreviver, ansioso em esperar a noite chegar e as surpresas de um dia seguinte.
Largou tudo em seu mundo mental paralelo e abraçou seu irmão peludo como se fosse o último abraço, porém o mais importante.
Um ser livre, conhecedor dos sentimentos mais nobres.
E eu aqui, tentando vencer o meu egoísmo e com dificuldade ainda em oferecer um abraço a quem eu penso amar.