Se deixo de sonhar, deixo de viver. A minha experiência de vida tem provado que muitos dos nossos problemas surgem ou pululam quando deixamos de sonhar. Sou um sonhador por natureza, desde criança; quando chegava em casa com não mais do que quatro anos inventando aventuras que vivi no caminho de volta para casa depois da escola.
Acredito realmente que posso ser do tamanho dos meus sonhos. Mas preciso ter uma opinião tão sólida quanto os meus anseios. Já passei por experiências que podem parecer bobas, mas que servem de exemplo para ilustrar como a força de vontade é determinante. Com 21 anos, um ortopedista me disse que eu jamais poderia fazer musculação em decorrência de um diagnóstico de hérnia de disco. Aquilo pareceu tão absurdo para mim que me matriculei na academia no dia seguinte.
Já se passaram 12 anos e, não querendo me gabar, mas não conheço ninguém na academia que frequento que treine com mais assiduidade e intensidade do que eu. Parece tolo, não? É um exemplo de que quando os outros dizem que sou incapaz de alguma realização importante ou prazerosa para mim é exatamente esse algo que farei. Porque no fundo, opiniões são apenas opiniões – nós que atribuímos peso a elas.
Conheci muitas pessoas que me falaram da impossibilidade de seus sonhos e dos outros. A verdade, na minha opinião, é que pessoas que não sonham e não buscam corporificar seus sonhos também tendem a compartilhar essa impraticabilidade com os outros. Algo como: “Se não sou capaz de lutar por meus sonhos, também será perda de tempo pra você.” Isso a mim não diz muito.
A ideia de ter uma vida comum, viver simplesmente para mim mesmo e ignorar todo o resto sempre me incomodou. Por isso, meus sonhos estão sempre relacionados ao que sou capaz de oferecer. Sim, e há várias coisas que eu gostaria de oferecer – meus sonhos crescem a cada dia. Se muitos não acreditam neles, sem problema.
O importante é que eu acredito, e isso é bom, porque meus sonhos dependem em primeiro lugar da minha força. Para mim, sonhar não é perda de tempo. Sonhar é viver buscando a consubstanciação da própria essência. E penso que não há nada que preencha mais o ser humano e o mantém na sua rota do que isso.