Por Giovanna Chinellato ( da Redação)
Mesmo após a agressão em abril (relembre aqui), 15 ativistas voltaram às ruas de Pomerode (SC) no domingo para erguer a voz pelos cavalos. O Clube do Cavalo, sem alvará, realizou novamente o evento com provas em que animais são forçados a arrastar até três toneladas de carga em um aparato de madeira que lembra um trenó de neve. Devido ao esforço excessivo, é comum o rompimento de tendões e fraturas expostas.
Os manifestantes, contrários à barbárie, receberam ameaças constantes dos organizadores, que inclusive anunciaram que estariam armados no domingo. A polícia militar e a civil formaram barreiras de revista na rua que dá acesso à arena da puxada, sete carros com documentação atrasada ou ilegal foram apreendidos.
O tenente responsável pela operação alertou ainda os ativistas a marcarem as placas dos carros que gritassem ofensas, os quais serão advertidos e possivelmente enfrentarão punições da lei.
Em abril, 20 ativistas e um cinegrafista da RIC Record foram agredidos numa manifestação pacífica pelo fim das puxadas e abriram um processo contra os presidentes do Clube do Cavalo – os irmãos Ivo e Miro Just.
Quando foi anunciada a puxada de domingo, sem permissão da prefeitura, a advogada da ong AMA Bichos, Ivone Lixa, entrou com uma limiar no Ministério Público, que foi indeferida na sexta-feira, decisão comemorada pelos membros do Clube com fogos e rojões. Os defensores dos direitos animais já confirmaram que os protestos continuarão até que as puxadas sejam proibidas e os cavalos libertados.