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Situação de cães explorados em caçadas comove família

19 de março de 2014
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Uma visita inesperada chamou a atenção de uma família de São Vicente, no litoral de São Paulo, que decidiu passar alguns dias em um sítio em Pedro de Toledo, no interior de São Paulo. Em frente à chácara onde as pessoas estavam hospedadas, três cachorros SRDs, que apresentavam sinais de maus-tratos, procuravam por comida.

Um dos cachorros apresentava grandes buracos nas costas (Foto: Arquivo Pessoal / Laiz Fernanda Ribeiro)
Um dos cachorros apresentava grandes buracos nas costas (Foto: Arquivo Pessoal / Laiz Fernanda Ribeiro)

Para a vendedora Laiz Fernanda Ribeiro, os animais perceberam que havia gente na casa por causa do cheiro do churrasco e ficaram por perto. A chácara, que fica no bairro Manoel da Nóbrega, é dos sogros dela. “É uma cena chocante. Não é a primeira vez que que encontramos esses mesmos animais, que não são abandonados, nesse estado”, comenta Laiz.

Os pais do marido da vendedora vão todos os fins de semana para a cidade, e a situação sempre se repete. “Com eles é a mesma coisa. Se alguém sai de casa, os cachorros seguem, achando que vão ganhar comida. Os animais estão cada vez mais magros. Meu sogro instalou um suporte na varanda e colocou ração, para que eles possam comer”, afirma a moça, que passou o carnaval procurando informações no município para salvar os cães.

Segundo ela, a procura gerou uma decepção atrás da outra, já que a cidade não possui um setor de Zoonoses e Laiz ainda descobriu o motivo do estado dos cachorros. “Descobri que o tutor dos cães utiliza os animais para caçar e alimenta os animais com ração para galinhas e banha. Ele é conhecido como Zé da Farinha”, explica. A vendedora conta que armadilhas são colocadas na mata para caçar animais, como raposas, e os cachorros acabam caindo por engano. “Um deles estava com dois buracos nas costas. Estava tão feio que mal dava para olhar”, lembra.

A vontade da vendedora era trazer os animais para São Vicente, cidade onde ela mora, mas teve medo por não saber se os cachorros apresentam doenças. De volta à rotina, ela não para de pensar no que viu no local, e busca formas de salvar os animais. “No trabalho, atendi um cliente que é major da Polícia Ambiental de Guarujá. Falei dos cãezinhos e ele me garantiu que fará uma operação na cidade. Alguém precisa salvar esses animais, para que eles não acabem morrendo”, finaliza Laiz.

Fonte: G1

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