O terremoto devastador que atingiu o centro do Japão no primeiro dia do ano não apenas ceifou centenas de vidas humanas, mas também expôs a cruel vulnerabilidade dos animais aprisionados em aquários. No Aquário de Notojima, dois tubarões-baleia perderam a vida devido ao colapso causado pelo abalo sísmico.

O grande sismo de magnitude 7,6 na escala de Richter não apenas danificou a infraestrutura do aquário, mas também comprometeu o sistema de filtragem da água, elevando abruptamente a temperatura para 17ºC, oito graus acima do normal. Além disso, o nível de água no tanque despencou drasticamente, resultando na morte trágica dos tubarões.

Hachibe, com 4,6 metros de comprimento, foi a primeira vítima, perdendo a vida em 7 de janeiro. Sua companheira, Haku, com 4,9 metros de comprimento, sucumbiu alguns dias depois, em 10 de janeiro. Apesar dos esforços dos funcionários para salvá-la, incluindo a injeção manual de água do mar no tanque, a tentativa foi em vão.

Ambos os tubarões-baleia, Hachibe e Haki, residiam no Aquário de Notojima desde setembro de 2022. Este trágico episódio destaca não apenas a precariedade das condições em que os animais marinhos são mantidos em cativeiro, mas também ressalta a falta de preparo e consideração para garantir sua sobrevivência em situações de emergência como desastres naturais.