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Simulação in vitro substitui métodos que agridem animais em testes

19 de outubro de 2013
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (18), 178 cães da raça beagle foram resgatados do Instituto Royal, localizado em São Roque, interior de São Paulo, após invasão de ativistas que atuam na proteção animal. Segundo os manifestas, os cachorros que estavam confinados para testes de produtos cosméticos, sofriam, gritavam e latiam pelos abusos sofridos dentro da empresa.

Com a discussão à tona e as redes sociais agindo em intensa represália, organizações não governamentais vieram a público apresentar alternativas de testes sem animais envolvidos, deixando assim, os mesmos livres de crueldade. Procurada pela reportagem do R7 Marta Girales, Coordenadora de Projetos e Ações da ONG Aliança Internacional do Animal (AILA), listou métodos substitutivos na hora de produzir uma novidade.

“As empresas poderiam desenvolver tecnologias para que os animais não estivessem envolvidos nos testes, uma vez que são agressivos e causam danos pela vida inteira do bicho. Testes in vitro, simulações computacionais, estudos de moléculas e até uso de células tronco devem ser vistos como possibilidades tão eficazes quanto seres vivos”, disse Marta.

Marta ainda destaca a lei brasileira que aprova este tipo de conduta, uma vez que o Instituto Royal alegou estar “devidamente credenciado e totalmente dentro das regras nacionais e internacionais de boas práticas com animais”.

“A Lei Arouca, de outubro de 2008, permite que animais sejam usados em testes. Mas o engraçado é que não existe nenhuma lei que permita que cordões umbilicais – que vão para o lixo – sejam usados em testes. Com este caso do Instituto Royal, é importante que essa determinação volte à discussão”, revela a coordenadora de projetos e ações da ONG AILA.

As marcas pró-animais
Com a exposição das marcas de cosméticos, ressalta-se que nem todas as empresas fazem uso de bichos na linha de produção. Segundo lista divulgada pela ONG Projeto Esperança Animal (PEA), diversas marcas brasileiras não realizam testes em animais.

São elas: Acquaflora, Adcos, Água de Cheiro. Amend, Bioderm, Botanic. Contém 1g, Davene, Embelleze, Farmaervas, Granado, Grupo Boticário, Impala, Jequiti, Koloss, Leite de Rosas, Mahogany, Natura, Niasi, OX, Racco, Vita Derm, Vult, Yamá.

O Grupo Boticário, por exemplo, buscou alternativa de realizar os testes de seus produtos que englobam as marcas Boticário, Eudora e quem disse, berenice?. A assessoria de imprensa da marca explicou com mais detalhes sua linha de produção.

“A empresa apoia a extinção dessa atividade e adota as melhores práticas para o desenvolvimento dos produtos de suas unidades de negócio. Entre as iniciativas, utiliza os serviços de renomados laboratórios com conhecimento científico atualizado, que adotam métodos in vitro e estudos de segurança de uso em voluntários (pesquisa clínica em humanos), dentro dos padrões éticos e de qualidade vigentes”.

A Koloss também se posicionou contra a atitude.

“A Koloss Make Up possui, inclusive, uma linha de sombras de origem vegetal. Somos apaixonadas por maquiagem, mas queremos os animais como amigos e fieis companheiros”.

Fonte: R7

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