Simon Cowell doou US$ 32 mil (cerca de R$ 172 mil) para ajudar a fechar um matadouro de carne de cachorro na Coreia do Sul, em uma atuação histórica em defesa dos animais em 2018. O produtor e jurado do programa America’s Got Talent já havia manifestado publicamente sua oposição ao comércio de carne canina, considerado uma das práticas mais cruéis da indústria animal no país.

A doação foi destinada à Humane Society International (HSI), organização global que atua no combate ao comércio de carne de cães e gatos, além de promover campanhas contra testes em animais, tráfico de fauna e exploração de espécies silvestres. A HSI confirmou a contribuição após publicar um agradecimento no Twitter, levando Cowell a comentar e reiterar seu apoio à causa.

Segundo a revista People, o valor ajudou a financiar a operação que resgatou mais de 200 cachorros e filhotes mantidos em condições extremas de confinamento e negligência. Muitos estavam presos em gaiolas enferrujadas, sem água fresca, sem alimentação adequada e expostos a temperaturas baixas, uma realidade comum nas chamadas “fazendas de carne de cachorro”.

A equipe da HSI viajou à Coreia do Sul para fechar a estrutura e retirar todos os animais, que passaram por avaliação veterinária, cuidados de reabilitação física e emocional e processos de socialização, etapa fundamental para cães que viveram anos privados de contato humano ou submetidos a violência.

De acordo com Claire Bass, diretora da organização, os animais foram gradualmente enviados a centros de recuperação e abrigos parceiros nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Países Baixos, onde foram preparados para adoção e hoje vivem felizes em lares e famílias amorosas. Bass destacou que cada operação desse tipo ajuda não apenas a salvar vidas, mas também a pressionar o governo sul-coreano a avançar na criação de leis que proíbam definitivamente o comércio de carne de cães.

Nos últimos anos, o consumo tem diminuído significativamente na Coreia do Sul, especialmente entre as gerações mais jovens. Ainda assim, milhares de animais continuam presos em fazendas desse tipo, tornando ações como a financiada por Cowell essenciais para acelerar o fim de um mercado que há décadas sofre pressão internacional por sua extrema crueldade.