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Sexta extinção em massa da Terra pode ocorrer até 2100, diz estudo

23 de setembro de 2017
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Planeta Terra
Foto: NASA

A pesquisa chamada Limites da catástrofe no sistema terrestre foi conduzida por Daniel H. Rothman, professor de geofísica do Departamento de Ciências da Terra, Atmosférica e Planetária do MIT. O documento foi publicado no jornal científico internacional Science Advances.

Rothman utilizou uma fórmula matemática com base na taxa e magnitude da mudança do ciclo do carbono. Ele identificou 31 eventos nos últimos 542 milhões de anos que mostraram uma mudança significativa no ciclo do carbono da Terra. Nos últimos 540 milhões de anos, a Terra teve cinco eventos de extinção em massa.

O professor identificou “patamares de catástrofe” no ciclo do carbono que, se forem excedidos, causariam um ambiente instável e, finalmente, a extinção em massa. Essa quantidade, de acordo com a pesquisa, é de cerca de 310 gigatons, o que é aproximadamente equivalente à quantidade de carbono que as atividades humanas adicionariam aos oceanos em todo o mundo até o ano 2100.

Ao explicar a conclusão do estudo, Rothman disse que isso não quer dizer que uma catástrofe ocorrerá amanhã. “Está dizendo que, se não for controlado, o ciclo do carbono iria para um domínio que não seria mais estável e se comportaria de uma forma que seria difícil de prever. No passado geológico, esse tipo de comportamento está associado à extinção em massa”, explicou.

Em Julho, um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista científica norte-americana, afirmou que a sexta extinção em massa de espécies está ocorrendo graças a fatores como a superpopulação e o consumo excessivo e que há pouco tempo para uma ação efetiva, informou o Live Mint.

Segundo o estudo,  até 50% do número de animais que compartilharam a Terra com os seres humanos já desapareceram e as próximas duas décadas sofrerão perdas ainda maiores da biodiversidade. Rothman disse que seu estudo destaca a urgência em controlar as emissões de carbono.

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