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INVASÃO DE HABITAT

Sete elefantes morrem após colisão com trem no nordeste da Índia

Além dos sete elefantes mortos, um oitavo animal ficou ferido em colisão ocorrida neste fim de semana no nordeste da Índia

21 de dezembro de 2025
Vivian Guilhem/ Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um trem de passageiros atingiu uma manada de elefantes na noite de sábado (20/12) no nordeste da Índia, resultando na morte de sete animais e deixando outro ferido. O acidente aconteceu no estado de Assam e, apesar do descarrilamento de cinco vagões, não houve registro de feridos entre os passageiros, segundo autoridades locais.

Assam abriga mais de 4 mil elefantes selvagens, parte significativa da população estimada em cerca de 22 mil animais em todo o país. A colisão reforça a gravidade dos conflitos entre grandes obras de infraestrutura e a vida silvestre em uma das regiões mais biodiversas da Índia.

De acordo com a polícia local, o trem fazia a rota entre o estado de Mizoram e a capital Nova Délhi quando atingiu a manada durante a noite. O maquinista acionou o freio de emergência ao avistar os animais nos trilhos, mas a medida não foi suficiente para evitar o impacto.

As ferrovias indianas afirmam que existem limites de velocidade em trechos reconhecidos como corredores de elefantes, porém o acidente ocorreu fora dessas áreas oficialmente mapeadas. Organizações de proteção animal e especialistas em proteção apontam que essa divisão formal não reflete a dinâmica real dos deslocamentos dos elefantes, que seguem rotas ancestrais em busca de alimento, água e abrigo.

A expansão de linhas férreas, a derrubada de florestas e a instalação de canteiros de obras próximas aos habitats naturais têm empurrado esses animais para áreas cada vez mais fragmentadas. Como consequência, elefantes são forçados a atravessar trilhos, rodovias e áreas urbanizadas, aumentando o risco de acidentes fatais e aprofundando o conflito com atividades humanas.

Centenas de animais perdem a vida em colisões, eletrocussões e retaliações, um cenário que evidencia a urgência de políticas públicas que priorizem a proteção dos habitats, a criação de passagens seguras para a fauna e o reconhecimento dos direitos dos animais à vida e ao território.

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