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Sete animais que foram levados pelo homem à extinção

12 de novembro de 2013
5 min. de leitura
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Através dos milênios, os seres humanos têm ampliado as áreas em que vivem, derrubado as florestas, pescado excessivamente e arrasado áreas inteiras com poluição. E qual o resultado disso? A organização global União Internacional para a Conservação da Natureza publicou recentemente uma lista em que detalhava as 21 mil espécies e subespécies de animais declaradas extintas. O Inhabitat separou uma seleção com sete animais que já desapareceram e que poucos de nós conhecíamos. Confira a seguir.

1. Tartaruga da Ilha de Pinta (2012)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O “Solitário George” foi a última tartaruga da Ilha de Pinta e morreu em 24 de junho 2012. Embora a idade exata do enorme réptil não fosse conhecida, acreditava-se que ele tivesse mais de 100 anos de idade. Essa subespécie de tartaruga de Galápagos foi descoberta pela primeira vez em 1877. As tartarugas foram caçadas até o final do século 19 e foram consideradas extintas até que um único macho foi descoberto, em 1971. Esta tartaruga solitária foi chamada de George e levada para a Estação de Pesquisa Charles Darwin na ilha de Santa Cruz, onde viveu o resto de sua vida.

2. Rinoceronte-negro-ocidental (2011)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Também conhecida como rinoceronte-negro da África Ocidental, a subespécie chegou a seu fim devido à caça. Esses rinocerontes viveram principalmente na região de Camarões. Foram caçados até a extinção pelo valor de seus chifres de marfim e suas peles grossas, mesmo depois de leis de proteção criadas ainda na década de 1930. Alguns cientistas conduziram uma pesquisa em 2006 em busca de todos os rinocerontes-negros-ocidentais restantes em seu habitat, no norte do país africano. Voltando sem ter visto nenhum, declararam a subespécie extinta em 2011.

3. Foca-monge-do-caribe (2008)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A subespécie que já foi a única conhecida na região do Mar do Caribe e do Golfo do México é também a única extinta especificamente por causa dos seres humanos. Sua caça começou em 1494, quando Cristóvão Colombo chegou ao Caribe. Ao descobrir que o animal era inofensivo, o navegante ordenou a seus homens que eles matassem oito focas, então chamadas de “lobos do mar”. Nos séculos seguintes, as focas continuaram sendo caçadas, principalmente por sua gordura. Em 1952, a última foca-monge-do-caribe foi vista com vida, no Banco Serranilla, entre Honduras e a Jamaica. Mesmo assim, a criatura marinha só foi adicionada à lista de animais extintos em 6 de junho de 2008.

4. Golfinho-lacustre-chinês (2006)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O desaparecimento do mamífero de água doce que habitava o rio Yang-Tsé, na China, está diretamente relacionado à industrialização do país. A maioria dos animais foi vítima dos resíduos industriais e residenciais que desaguavam no rio, além das hélices de barcos e redes de pesca. Eles ainda foram caçados para que suas peles virassem luvas e bolsas. Em 1997, existiam cerca de 13 deles no mundo. No final de 2006, a subespécie foi declarada funcionalmente extinta.

5. Íbex-dos-pireneus (2000)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A morte do último dos íbex-dos-pireneus foi presenciada por cientistas do mundo todo. Em 2009, alguns cientistas tentaram “recriar” o animal extinto por clonagem usando um óvulo de uma cabra doméstica. Um clone nasceu, mas morreu em pouco tempo em decorrência de problemas respiratórios. A subespécie já teve uma população abundante na cordilheira dos Pireneus, que se estende por Andorra, França e Espanha, mas os números começaram a diminuir rapidamente no início do século 19 devido à caça. No início do século 20, havia uma estimativa de 100 animais vivos. Esse número continuou a cair drasticamente até que o último íbex-dos-pireneus naturalmente nascido, chamado Celia, morreu no dia 06 de janeiro de 2000, com 13 anos.

6. Pica-pau-bico-de-marfim (1994)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O animal já foi um dos maiores pica-paus do mundo, com uma envergadura de até trinta centímetros, e era nativo das florestas e pântanos do sudeste dos Estados Unidos. No final do século 19, o desmatamento e a caça devastaram a população de pica-paus-bico-de-marfim. A última aparição da subespécie foi na década de 1940 e o animal foi listado como ameaçado de extinção em 1967. Embora a ave tenha sido considerada extinta em 1994, conservacionistas, observadores de pássaros e cientistas continuam a vagar pelo estado do Arkansas esperando para ver se encontram algum. Existe até um prêmio de 50 mil dólares para quem conseguir achar o animal, mas ainda não há nenhum flagrante do pássaro confirmado.

7. Tigre-de-java (1999)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A subespécie de tigre conhecida por seus bigodes mais longos do que o comum podia ser encontrada na ilha de Java, na Indonésia. Antes da intervenção humana, os grandes felinos eram tão comuns na ilha que eles foram considerados uma “praga”. Na expansão agrícola do início do século 20, muitos morreram envenenados. Os períodos de guerra e de distúrbios civis também causaram muitas mortes. Em meados dos anos 1950, os tigres-de-java sobreviventes (cerca de 20) foram espalhados por áreas protegidas, mas isso não impediu a caça. Mesmo depois que a reserva foi estabelecida, em 1972, outros tigres continuaram a ser mortos. Em 1979 foram vistas as pegadas do que seria o último animal vivo e a espécie foi declarada extinta em 1999.

Fonte: Catraca Livre

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