Com a chegada da chuva no território paulista, o número de focos de incêndios florestais caiu de 11 para três no estado de São Paulo. Mesmo com a melhora na qualidade do ar e com as precipitações que auxiliaram na contenção das queimadas, nesta terça-feira (17), três municípios ainda encontram-se prejudicados pelos fogos: Bananal, Mococa e Itirapuã.
A diretora do Departamento de Fauna Silvestre da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Isabela Saraiva, falou sobre a condição que os animais silvestres chegam após o resgate em áreas atingidas pelos incêndios.
De acordo com a servidora, dos 80 animais recebidos nas 26 unidades de atendimento, 44 morreram. Os mais afetados são os mamíferos de pequeno porte, como macacos prego, tatus, lagartos, lobos guará, gambás, filhotes de onça parda, gatos do mato e veado catingueiro.
“Eles já chegam com queimaduras de terceiro grau. Muito sofrimento. Para esses, o caso é dar remédio para aliviar a dor. Esse animal, geralmente vem a óbito. Chega, fica um pouco e já vem a óbito. Outros resistem mais, as vezes chegam com as costas queimadas e fazem o tratamento para aliviar a dor, antibiótico, fazem exames e acompanhamento e alguns conseguem resistir”, pontuou.
A criação das Unidades para Tratamento dos Animais integra o conjunto de ações do Gabinete de Crise anunciado pelo governo de São Paulo. Ao todo, os animais passam por três estágios: resgate, a reabilitação e a soltura.
As redes de atendimento se distribuem em locais onde os focos de incêndio são mais constantes. Apesar do fogo ser o mais comum meio pelo qual os animais falecem, outros tantos morrem atropelados na tentaiva de fugir do fogo.
Fonte: Band