Realizando uma média de 300 a 400 castrações por mês, o Centro de Controle de Zoonoses de Mogi das Cruzes, com seu atendimento permanente em sua sede no Distrito de César de Souza, mais a atuação por meio do Pet Móvel visitando os bairros, deve atingir a marca de 4 mil cirurgias neste ano. A estimativa é do médico veterinário Eduardo Kenji Odani Sigahi, responsável pelo serviço no CCZ. “Há 5 anos, eram castrados apenas 837 animais o ano inteiro”, compara Sigahi. A castração gratuita iniciou-se na Cidade em 2006.
“A procura pelo serviço é constante”, explica. Com isso, a formação de uma fila de espera é inevitável, mas, segundo o veterinário, ela diminuiu nos últimos anos. “Do momento que a pessoa vem fazer o registro até o dia da cirurgia, a espera média atual é de 4 meses. Mas quando entrei aqui, em 2012, o prazo era de 7 meses”, relata.
A espera por cirurgia reduziu no decorrer dos anos, segundo Sigahi, devido à estruturação feita nas equipes. Hoje o CCZ tem uma equipe voltada só para a castração o dia inteiro, antigamente o serviço era apenas durante meio período. “Agora tem mais gente fazendo esse serviço, por isso aumentamos a quantidade de cirurgias. E por conta disso eu acredito que as pessoas também passaram a nos procurar mais”, explica.
Sigahi enfatiza que as faltas são um dos problemas enfrentados nesse processo. “Por dia, aproximadamente 25% dos animais marcados não são trazidos para a castração”. Para tentar reverter essa situação, a equipe deixa algumas pessoas de sobreaviso para tentar preencher essas vagas perdidas, o que é complicado de se manejar já que é preciso manter o animal em jejum antes da cirurgia, mas há uma lista de encaixe pequena. “Pedimos às pessoas para que não faltem, pois isso atrapalha todo o andamento do trabalho”.
O veterinário estima que seja gasto pela Prefeitura em média R$ 60,00 por cirurgia em felinos e R$ 100,00 em cachorros. “Mas é algo que varia por peso e sexo também. É mais fácil também castrar um gato do que um cachorro. E as cirurgias das fêmeas são sempre mais complicadas”, analisa.
Pet-Móvel
Além do agendamento de castrações feito no próprio CCZ, desde outubro de 2013 a cidade também conta com o Pet Móvel que vai até os bairros para que as pessoas possam fazer o registro do animal, ter a orientação na hora, e já sair com a data da cirurgia marcada. “Aqui a gente conta com 3 a 4 colaboradores para tocar o programa contínuo de castração. A unidade móvel já esteve em Jundiapeba, Taiaçupeba, Conjuntos Jefferson e agora está na Vila Nova Estação. De acordo com Sigahi, são escolhidos locais carentes e que sejam muito longe do centro. “Desde o começo já foram castrados 1.324 animais só através do Pet Móvel”, completa.
“A princípio tínhamos previsto ficar um mês na Vila Estação, só que a gente tinha uma estimativa de uns 150/200 animais e até agora foram cadastrados mais de 400”, frisa o veterinário para explicar por que não é possível precisar a data em que mudarão de bairro. Ele adianta que os próximos locais a serem visitados pela unidade móvel são Conjunto Santo Ângelo, Hospital Dr. Arnaldo e os bairros do Jardim Aeroporto I, II, III, Santos Dumond I, II, e Jardim Lair.
Fonte: O Diário