Uma seriema que teve uma pata amputada após ser atropelada no município de Costa Rica, em Mato Grosso do Sul, ganhou uma prótese feita em uma impressora 3D. Acolhida pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, a seriema está se adaptando à nova vida.
A prótese foi confeccionada no mês passado durante um procedimento pioneiro que envolveu uma programação avançada tridimensional. A impressora 3D utilizada na confecção da prótese foi doada pelo naturólogo Richard Rasmussen ao médico veterinário Dr. Lucas Cazati, do CRAS, para ser utilizada no Centro.
De acordo com Cazati, “a seriema foi vítima de atropelamento e encaminhada ao CRAS em 12 de agosto. Ela chegou com ausência de uma das pernas devido ao atropelamento. Foi então, realizado procedimento terapêutico, exames clínicos e iniciamos o processo de produção da prótese, no intuito de proporcionar uma melhor recuperação com qualidade vida para essa ave”.
“Estamos agora na fase de cuidados frente a adaptação da nova perna para acompanhar a reabilitação e reintegração com outras aves da mesma espécie”, acrescentou.
O profissional explicou ainda que o CRAS é pioneiro em banco de bicos e executa esse tipo de manobra que reverbera na preservação das espécies e, por isso, “também conta agora com o apoio na produção de próteses para animais com ausência de membros”.
“Em situações como essa, mesmo que um animal nessas condições não possa voltar à natureza, não haverá impeditivo, por exemplo, de que ele tenha qualidade de vida, continue se reproduzindo e gerando descendentes. Dessa maneira, a gente continua contribuindo para o equilíbrio na natureza”, pontuou Cazati.
Em março do ano passado, uma arara-canindé recebeu um implante de bico. O procedimento realizado pelo CRAS foi reconhecido por instituições nacionais de ensino superior.