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ALTERNATIVA

Serão destinados US$ 10 milhões para instituto de carne cultivada

Os recursos destinados pelo governo dos EUA à Tufts University, tem David Kaplan, professor bioengenheiro referência em carne cultivada da universidade, em Massachussets, como coordenador do instituto e líder da equipe dos bolsistas que ajudarão no desenvolvimento tecnológico voltado para a proteína alternativa

30 de outubro de 2021
Felipe Cunha | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Vegazeta | Upside Foods

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) anunciou neste mês de outubro que 10 milhões de dólares serão destinados para a criação de um instituto voltado para a carne cultivada e outras proteínas alternativas produzidas a partir de técnicas da agricultura celular.

O novo método de produção alimentícia não depende da morte de animais, mas sim de células de origem animal cultivadas em biorreatores, que são equipamentos utilizados pela biotecnologia para a produção de alimentos, remédios, vinagres, entre outros.

Os recursos financeiros serão destinados à Tufts University, uma universidade privada de pesquisa norte-americana e que tem o professor David Kaplan, referência em carne cultivada, como coordenador das atividades, treinamentos e pesquisas ligadas ao desenvolvimento da proteína de laboratório.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Universidade de Massachusetts e da Virginia Tech também contribuirão para o desenvolvimento da carne cultivada e na formação dos profissionais de agricultura celular.

Pela primeira vez o governo dos EUA investirá nesse tipo de desenvolvimento tecnológico.

Segundo comunicado da Universidade Tufts: “a equipe combinará os esforços de engenheiros, biólogos, pesquisadores de nutrição e cientistas sociais da Tufts e de outras universidades, todos em um esforço para aprimorar alimentos no que diz respeito à sustentabilidade, nutrição e segurança”.

Ainda segundo comunicado da Universidade: “à medida que a demanda mundial por proteínas cresce, a produção de alimentos precisa acompanhar o ritmo”.

O coordenador do Departamento de Engenharia Biomédica informa que a nova indústria da carne cultivada, além de produzir uma proteína nutritiva aos consumidores, contribui para à redução da devastação ambiental, das emissões dos gases de efeito estufa, da degradação do solo, do gasto excessivo de água e do abate animal.

Segundo informações do portal Vegazeta, uma equipe interdisciplinar da Universidade trabalhará na avaliação da aceitação da carne cultivada entre os consumidores, medição do impacto ambiental no processo de fabricação, viabilidade econômica em relação à indústria tradicional da carne e no incentivo e fomento profissional para os pesquisadores deste novo modelo industrial.

Kaplan também informa que a pesquisa visa a melhoria no âmbito nutricional, do prazo de validade e “outras qualidades de carne à base de células, juntamente com avaliações do impacto nas percepções e aceitações do consumidor”.

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