Em nossa sociedade, os padrões sociais fazem com que uma mulher seja sempre avaliada primeiro pela sua aparência, antes mesmo de suas atitudes ou pelo que tem a dizer. O padrão de beleza ditado pela mídia é extremamente limitador (magra, alta, cabelos lisos). É só andar por aí que se percebe ser raríssimo encontrar alguém com essas características. O maior absurdo é que, para se enquadrar a este padrão, é preciso alisar cabelos, colocar silicone, entre outras adaptações agressivas e contra a natureza.
É este o padrão alienante a que uma mulher tem de se submeter se quiser ser aceita, ter respeito social e profissional. É aí que nasce a beleza artificial.
Tenho notado o quanto a beleza se tornou artificial: algumas mulheres parecem terem sido fabricadas, com corpos masculinizados em decorrência do excesso de musculação, bocas tortas pelo excesso de silicone, caras esticadas pela plástica, nádegas e peitos siliconados, cabelos artificiais, maquiagem em excesso… Procedimentos utilizados cada vez mais cedo por meninas que nem chegaram à adolescência.
Alguns programas de televisão criaram quadros de transformações estéticas e eu sempre fico pensando como estará aquela mulher transformada daqui a uns seis meses, porque todo tratamento precisa de manutenção.
Muitos dos tratamentos são caríssimos, mesmo sendo parcelados, e com certeza aquela mulher transformada não conseguirá fazer a manutenção tão cedo ou talvez nunca.
É muito fácil ficar bonita com tratamentos estéticos, mas a transformação é temporária e com prazo de validade.
Quanto às roupas que se encaixam na norma preestabelecida pelo sistema, são de grifes caras, completamente fora do padrão de vida das mulheres brasileiras.
Ser bonita é ser natural! Todas somos diferentes e é na diferença que cada uma se torna bela!