Policiais, fazendeiros e historiadores costumam dizer que o sequestro de bois e vacas, atividade conhecida como abigeato, é um crime que existe desde antes da fundação do Rio Grande do Sul.
Descontada uma eventual imprecisão histórica, é fato que bandos de abigeatários não só sobrevivem há séculos como também chegaram aos dias atuais exibindo maior eficiência nos sequestros. Para isso, aliaram-se a quadrilhas que têm outros negócios ilegais e fizeram com que a carne chegasse com mais rapidez ao consumidor.
No princípio, o objetivo do sequestro era alimentar a família. Era conhecido como abigeato de garupa. Mais tarde, a carne passou a ser vendida aos açougues nas periferias. Hoje, os abigeatários transportam os animais para centros abate.
Nesta semana, deputados gaúchos aprovaram um projeto de lei que determina a especificação do abigeato nos registros dos índices de criminalidade do Estado. O objetivo é dimensionar melhor o problema para desenhar melhores estratégias de reação.
Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança, cerca de 14 mil animais são sequestradas ao ano no Estado, onde o rebanho chega perto de 14 milhões.
Fonte: Zero Hora