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GANÂNCIA

Senador rejeita a proibição da exportação de animais vivos

8 de outubro de 2021
Elys Marina | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Divulgação | Agência Senado

Na quarta-feira (29), o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) fez uma declaração na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) afirmando que é totalmente contra a proibição da exportação de animais vivos defendida no Projeto de Lei 3093/2021.

O Senador diz que “isso pode prejudicar o segmento econômico”, e que isso pode ser negativo para o país e principalmente para o Pará e Maranhão, que são exportadores de gado vivo.

Em relação a isso, é lembrado no projeto de lei que um acidente em Barcarena, no Pará, provocou a morte de cinco mil bois, resultando também em desastre ambiental em 2015.

“Não bastasse o prejuízo ambiental, o governo federal ainda teve que arcar com o custo, estimado em R$ 45 milhões, para remover o navio que afundou”, consta no PL, que surgiu a partir de uma sugestão por meio do Portal e-Cidadania.

“Há constatações de superlotação, o que inflige desgaste físico e dor aos animais, e práticas de crueldade no trato em embarcações, ferindo a dignidade dos animais.”

Foto: Divulgação

O Senador Zequinha Marinho não está de acordo com as afirmações de que há maus-tratos na atividade, declarando que “produtores, transportes e comercializadores de animais vivos prezam pela qualidade de vida dos animais”.

Marinho afirma que com o fim dessas exportações o Brasil estaria perdendo uma grande “oportunidade” de garantir lucro por meio de negociações com países que preferem comprar animais vivos em vez da carne.

“Não podemos desconsiderar esse mercado sob alegações sem conhecimentos de causa, não têm nenhum fundamento”, declarou.

No projeto de lei também ressalta a atenção para o risco que a movimentação internacional de muitos animais pode gerar em relação ao surgimento ou disseminação de doenças.

“O controle sanitário é muito mais complexo e a segurança menor no caso de transporte de animais vivos. Considerando que os navios se movimentam em escala mundial em questão de dias, a exportação de animais vivos pode representar um risco para os rebanhos tanto do importador quanto para os do exportador.”

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