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Sem julgar

16 de julho de 2014
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Nesta vida, cada um tem suas próprias batalhas pessoais pra travar. Você tem as suas, eu as minhas. São lutas internas, objetivadas pelo desejo de crescimento, de evolução pessoal. Pode não parecer, mas a pessoa mais terrível que você conhece tem dentro de si a vontade de livrar-se do sofrimento e, portanto, daquele padrão de pensamento e comportamento que a encarcera. É esta uma das razões pelas quais julgar os outros é sempre errado. Até porque, a pessoa mais especial e virtuosa que você conhece – sem referir-me aos mestres que por este planeta já passaram – tem também suas mazelas interiores para cuidar e transformar. É claro que a busca pelo aprimoramento como indivíduo tem incontáveis caminhos e horizontes, trilháveis exatamente por aquelas pessoas que carecem de determinados aprendizados e se colocam a disposição de si mesmas para percorrer, aprender e crescer. Entre tantos destes caminhos, existe a ótica da igualdade entre os seres e, mais especificamente, a ideia de que humanos e animais são irmãos e que ambos merecem viver em paz. Dos animais para nós, em paz tudo já está. Tudo sempre esteve. Já de nossa parte para com eles… Infelizmente estamos longe de nos orgulhar. Ainda os enxergamos como objetos, como mercadorias, coisas sem sentimentos, sem vontade própria. Tratamos os animais como se abaixo de nós estivessem e sua existência neste planeta tivesse como objetivo unicamente nos servir, alimentar, vestir ou entreter. Como tudo no universo caminha para o adiantamento, quer queiramos quer não, a consciência humana vem se expandindo e hoje já é considerável o número de pessoas que trouxeram para suas vidas um novo olhar e um novo comportamento com relação aos animais. Não se alimentam mais de carne, ovos, leite e derivados, não vestem mais pele ou couro, não se divertem indo a parques aquáticos, zoológicos, ou rodeios, não utilizam produtos com animais em sua composição ou que tiveram cobaias vivas em seu processo de produção… Porém, como disse, e segundo a minha ótica particular, este comportamento é apenas um entre tantos outros que precisamos incorporar, caso nosso desejo seja o de avançar moralmente e, por consequência, sermos mais felizes. O importante é avaliar a própria consciência e jamais julgar a quem quer que seja. Cada um trilha seu próprio caminho. Cada um sabe o que lhe traz alegria e tristeza ao coração. Cada um tem suas próprias lições a aprender e seus exemplos a dar.

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