Durante a corrida de cães de trenó no Alaska conhecida como Iditarod Trail Sled Dog Race, este ano, seis cães morreram. Os animais são forçados a ir muito além dos seus limites físicos em condições extremamente inóspitas, frequentemente sucumbindo a pneumonia, úlceras gástricas, hipotermia e outras doenças. Muitos com interesses nessa indústria tentam justificar essas mortes estúpidas. Mas é possível justificar seis mortes trágicas nesse mês de março?
Durante a corrida de cães de trenó no Alaska conhecida como Iditarod Trail Sled Dog Race, este ano, seis cães morreram. Os animais são forçados a ir muito além dos seus limites físicos em condições extremamente inóspitas, frequentemente sucumbindo a pneumonia, úlceras gástricas, hipotermia e outras doenças. Muitos com interesses nessa indústria tentam justificar essas mortes estúpidas. Mas é possível justificar seis mortes trágicas nesse mês de março?
O primeiro a morrer foi Victor, um cão de seis anos no time do ‘musher’ Jeff Holt. Sua morte ocorreu repentinamente no dia 10 de março. Uma necropsia assinada por um patologista veterinário concluiu que a morte não fora provocada por nenhuma causa específica. O cão literalmente correu até morrer.
Então, no dia 16 de março, um piloto de busca descobriu que dois cães chamados Dizzy e Grasshopper, no time de Lou Packer, tinham morrido congelados. Packer e seus 15 cães foram pegos em temperaturas de -45 graus e ventos uivantes. Packer disse que ele sentiu que já havia gelo se formando sob a pele de um dos cães antes de ele morrer.
Em seguida, no dia 19 de março, um macho de cinco anos no time de Warren Palrey morreu na pista tarde da noite. Sua necropsia revelou que ele sofreu um edema pulmonar (líquido nos pulmões), provavelmente o resultado de uma anormalidade cardíaca. Maynard havia dado duro na pista durante os seus últimos 11 dias de vida. Uma matéria no jornal local Anchorage Daily News noticiou que o “estresse da corrida pode levar alguns cães a desenvolver úlceras estomacais letais”.
Um dia depois, Omen, um macho de oito anos, no time de Rick Larson, morreu na pista entre os pontos de checagem de Elim e White Mountain. Como no caso de Maynard, a necropsia de Omen indicou que ele morreu de edema pulmonar.
O sexto cão, uma fêmea chamada Cirque, morreu durante um voo após uma corrida. Cirque, que estava no time de Alan Peck, foi encontrada morta quando o voo foi forçado a pousar por causa de uma turbulência forte. Uma necropsia foi solicitada para determinar a causa de sua morte.
Para chamar a atenção para essas mortes trágicas e demandar justiça para os cães, PETA (Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais) escreveu para o oficial do estado do Alaska, Coronel Audie Halloway, para determinar se algum dos corredores (‘mushers’) poderia ser indiciado por crueldade contra animais. Uma porta-voz do coronel respondeu que a lei estadual não se aplica a cães de corrida e acrescentou: “A não ser que o Iditarod Trail Committee se mostre preocupado com o tratamento ou a causa da morte desses animais, nós não investigamos esses eventos particulares. Se alguém envolvido com o Iditarod Trail Committee ou um membro do público tem evidência de comportamento que foge aos padrões normais, nós então daríamos atenção aos fatos”.
Obviamente, ‘práticas normais de corrida de trenó’ incluem sofrimento e morte e não há desculpa para isso. Visite a Sled Dog Action Coalition para saber o que você pode fazer para acabar com essa corrida mortal de uma vez por todas.
Tradução: Lobo Pasolini (da Redação)
Fonte: Care2