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Secretaria do Meio Ambiente autoriza o assassinato de capivaras em Campinas (SP)

5 de novembro de 2015
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Vanessa Norcia Serrão/Redação ANDA

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A luta pela vida das 27 capivaras que viviam no condomínio Sociedade Alphaville Campinas Residencial, no estado de São Paulo, foi perdida ontem quando as últimas foram mortas.
Tal situação se estendia há anos e gerou um processo judicial, pois segundo a SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias), uma autarquia vinculada à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, as capivaras seriam transmissoras da febre maculosa.
No entanto, segundo a Dra. Ingrid Menz, médica veterinária e presidente do CMPDA (Conselho Municipal Proteção e Defesa dos Animais) de Campinas, declarou: “Já está comprovado que não adianta matar os animais, porque outros voltarão para o local e a história se repetirá. O Lago do Café, em Campinas, é um exemplo disso: mataram as capivaras e outras estão morando no local”.
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“Sacrificar não resolve, é preciso enfrentar o problema da febre maculosa de forma científica e criativa”, e completa: “Os leigos acham que as capivaras que apresentaram sorologia positiva podem transmitir febre maculosa para outros carrapatos, mas isso não é verdade, é exatamente o contrário”.
Essa crueldade aconteceu apesar do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e ambientalistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) terem sido acionados pela CMPDA que propôs uma alternativa ao sacrifício dos animais pedida pelo condomínio: a transferência e soltura das capivaras numa área, protegida pela legislação ambiental, próxima a Itapira que aceitou receber as capivaras.
Nota da Redação: É inadmissível que as autoridades, dedicadas a defender os animais silvestres, que por sua vez são protegidos pela legislação federal, decidam pelo extermínio dos mesmos numa total falta de consciência ambiental!

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