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IMPACTO

Seca severa ou extrema afeta 1.024 cidades brasileiras, um quinto dos municípios do país

Outros 2.133 municípios vivem condição de seca moderada ou fraca

26 de julho de 2024
Redação Um Só Planeta
3 min. de leitura
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Em Corumbá, no Pantanal, especialistas afirmam que as áreas mais suscetíveis aos incêndios agressivos que ocorrem desde 2020 são as várzeas que permaneceram submersas durante décadas e só se tornaram úteis para a pecuária após as secas que se seguiram a 2019, e outras atividades humanas que utilizam o fogo para limpar a vegetação que cresceu nessas áreas. — Foto: Getty Images

Um quinto das cidades brasileiras ou 1.024 estão sob classificação de seca extrema ou severa, de acordo com dados de junho do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Esse número é quase 23 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 45 cidades estavam nas mesmas condições. Outros 2.133 municípios passam por seca moderada ou fraca.

“A seca que estamos vendo é quase generalizada, afetando vários estados. Tivemos um início de ano com chuva muito abaixo da média do Norte ao Sudeste e isso nos trouxe um cenário pior do que o que vivemos no ano passado e as consequências já estão sendo vistas, desde o desabastecimento em algumas regiões até impactos no setor agropecuário”, disse Marcelo Zeri, pesquisador de secas do Cemaden, ao G1.

Pelos dados do levantamento, os estados mais atingidos são Amazonas, Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Neles, todas as cidades estão sob alguma classificação de seca.

Segundo Zeri, o Brasil já enfrenta secas desde o ano passado, quando passou pelo El Niño, fenômeno natural responsável por aquecer as águas do Oceano Pacífico que atingiu principalmente a região Norte e Centro-Oeste.

Outros fatores responsáveis pela estiagem são as águas mais quentes do oceano e as mudanças climáticas, que elevam ainda mais as temperaturas nas cidades

A previsão dos meteorologistas é de que a situação da seca este ano seja mais intensa do que a vista em 2023. A projeção do Índice Integrado de Seca (IIS) para julho de 2024 indica uma intensificação da situação em diversas regiões do Brasil. No interior de São Paulo, por exemplo, a estiagem deverá se agravar, atingindo 65% da região.

A área entre o sul de Goiás, São Paulo e sudoeste de Minas Gerais também poderá apresentar um aumento no número de municípios classificados com seca severa. Essa situação demanda atenção e medidas preventivas para mitigar os impactos socioeconômicos e ambientais.

Na Bacia do Rio Paraná, a situação de seca deverá permanecer crítica ao longo do mês, com condições variando de moderada a extrema em algumas áreas. Essa situação mantém a região em estado de alerta, necessitando de ações estratégicas para minimizar os impactos, especialmente aqueles decorrentes do risco de fogo.

Fonte: Um Só Planeta

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