Embora o número de queimadas tenha caído nos últimos dias, o país ainda apresenta um número alto de focos de incêndios florestais neste domingo (29/09), segundo o BDQueimadas, órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A maioria dos pontos de fogo estão concentrados no bioma Cerrado, com 516 focos, seguido da Amazônia, com 341 e setembro já é 7º mês com o maior número de alertas de queimadas da história, com quase 80 mil focos de incêndios. Em todo o ano, foram mais de 200 mil registros.
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, tem defendido publicamente o endurecimento das punições a quem provoque propositalmente incêndios florestais.
As fortes ondas de calor que têm atingido o país e ausência de chuvas, pioram a qualidade do ar em diversas regiões do país e vêm alterando modos de vida. No Norte do país, o Rio Negro está perto de bater o recorde de baixa vazão, com 13,37 metros, apenas 67 centímetros a mais do que o mínimo já registrado, que foi de 12,70 metros.
A seca compromete o tráfego de fluvial nesse que é um dos principais afluentes do Rio Amazonas, além de comprometer atividades de pesca. Por conta disso, a capital amazonense está em estado de emergência, assim como outros 61 municípios do estado. Segundo o governo estadual, mais de 560 mil pessoas são afetadas e o número ainda pode crescer.
Chuva
Moradores de algumas regiões do Distrito Federal comemoraram a chegada da chuva, após 157 dias de estiagem. Ocorreram pancadas isoladas nos bairros de Águas Claras e Ceilândia.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia informado que a capital federal poderia registrar precipitação em áreas isoladas ao longo do fim de semana – o último de setembro e o primeiro da primavera.
“As chances são pequenas, mas não estão descartadas”, avaliou o instituto na sexta-feira (27), ao destacar que as temperaturas na região vão continuar elevadas, com máximas podendo chegar aos 35 graus Celsius.
Na noite de ontem, moradores do Jardim Botânico chegaram a registrar raios nos céus. O canto das cigarras, que indicam chuvas, também aumentou a expectativa dos brasilienses pelas precipitações. Mas, apesar do rápido alívio, o Inmet emitiu dois avisos sobre ondas de calor e baixa umidade no Distrito Federal até pelo menos este domingo (29). As orientações para a população incluem:
Extremos
Enquanto as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte enfrentam uma seca severa, as chuvas voltam a castigar cidades do Sul do país. O Rio Grande do Sul voltou a ser atingido por fortes chuvas durante a última semana, que deixou pelo menos 349 pessoas desalojadas, enquanto outras 367 tiveram que recorrer a abrigos, de acordo com a Defesa Civil do estado.
Os gaúchos ainda se recuperam das enchentes que ocorreram no estado durante o mês de março, e que deixou a capital, Porto Alegre, e outros 470 municípios debaixo d’água. Na ocasião, 170 pessoas morreram e outras 600 mil ficaram desabrigadas. O governo gaúcho calcula que mais de 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas pelos temporais de março.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para outubro é de chuvas acima da média em grande parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, a partir da segunda quinzena do mês. Já nas regiões Norte e Nordeste, as chuvas devem ocorrer, mas ainda abaixo da média registrada.
Fonte: Brasil de Fato