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CRISE HÍDRICA

Seca impõe escassez hídrica em cinco grandes bacias hidrográficas no Brasil

Pela 1ª vez na história, cinco grandes bacias hidrográficas estão sob estado de escassez hídrica, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA).

9 de dezembro de 2024
ClimaInfo
2 min. de leitura
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Foto: Adriano Gambarini / WWF-Brasil

A seca que vem assolando boa parte do Brasil nos últimos meses perdeu força, mas o quadro geral ainda é preocupante. Pela 1ª vez em mais de um século de medições, a Agência Nacional de Águas (ANA) decretou estado de escassez hídrica em cinco grandes bacias hidrográficas do país – os rios Madeira, Purus, Tapajós e Xingu, todos afluentes do rio Amazonas; e o rio Paraguai, no Pantanal sul-mato-grossense.

Como destacou a Folha, com exceção do Madeira, que já tinha experimentado situação de escassez hídrica recentemente, todos os demais vivem um cenário inédito desde o começo das medições hidrográficas, no início do século XX. O território impactado supera os 2,2 milhões de km2, o que representa mais de 1/4 do território brasileiro.

“Tivemos a pior seca na região Norte em mais de cem anos da série histórica. Com exceção do rio Madeira, foi a primeira vez que fizemos a declaração de escassez nos demais rios. Observamos o comportamento cíclico dos rios e nunca encaramos nada parecido com o que ocorreu agora”, afirmou Veronica Sánchez, diretora-presidente da ANA.

A reportagem de André Borges também destacou as limitações que dificultam o monitoramento da situação hídrica do país pela ANA. Em todo o país, a agência conta com 23 mil estações de monitoramento hidrológico. No entanto, a ANA está sem nenhum estoque desses equipamentos por falta de recursos, o que piorou depois do corte de R$ 43 milhões no orçamento no começo do ano.

O quadro da seca deve seguir intenso no norte do país. Segundo a CNN Brasil, com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), a seca extrema deve avançar nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia no mês de dezembro. Cerca de 25 municípios do Norte devem enfrentar níveis extremos de déficit de chuva e umidade do solo, mais de três vezes o anteriormente previsto para o mês.

Fonte: ClimaInfo

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