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Sea Shepherd se defende de acusações de baleeiros japoneses

12 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

O Instituto de Pesquisa de Cetáceos (ICR) emitiu um comunicado à mídia no final da quinta-feira (11), alegando que três barcos baleeiros japoneses foram atacados pela Sea Shepherd no confronto do mesmo dia (leia notícia publicada na ANDA aqui).

A Sea Shepherd Conservation Society nega esta alegação.

“Este é apenas uma tentativa do Japão de ganhar simpatia”, disse o Capitão Paul Watson, fundador da Sea Shepherd. “Os navios da frota baleeira japonesa, o Shonan Maru 2, o Yushin Maru 1 e o Yushin Maru 2 atacaram o navio da Sea Shepherd, Steve Irwin, e tentaram destruir o helicóptero da Sea Shepherd no convés, utilizando canhões de água de alta potência. A tripulação do Steve Irwin retaliou o ataque, com sinalizadores de alerta e usando um bote inflável para atirar garrafas de manteiga podre no convés dos baleeiros. Foi um confronto muito intenso que durou cinco horas, mas não houve colisões nem feridos.”

A alegação dos baleeiros japoneses de que a manteiga podre causou ferimentos a marinheiros é falsa. Não é a primeira vez que os baleeiros japoneses alegam que a Sea Shepherd joga ácido, insinuando ser um líquido cáustico como ácido sulfúrico, quando na verdade é simplesmente manteiga podre, que também é conhecido como ácido butírico (ácido assim como o encontrado no leite, o ácido láctico, e o encontrado em suco de laranja, o ácido cítrico). Ácido butírico é uma substância fétida, mas não causa danos ao contato da pele. É menos ácida do que a cerveja.

Os navios da Sea Shepherd não tentaram danificar os motores dos baleeiros japoneses, tal como alegado pelo Instituto de Pesquisa de Cetáceos. Os navios Bob Barker e Steve Irwin se defenderam dos ataques com canhões de água e dispositivos acústicos de longo alcance (LRAD, em inglês), que também foram utilizados pelos baleeiros japoneses. O único perigo real foi quando as embarcações baleeiras japonesas se aproximaram dos navios da Sea Shepherd com seus arpões. A ação da Sea Shepherd foi defensiva, e não ofensiva.

Os três navios de arpão da frota japonesa são mais rápidos e mais ágeis que os dois navios da Sea Shepherd. Os japoneses alegarem que a Sea Shepherd atacou seus navios é ridículo, considerando que os navios da Sea Shepherd não têm a velocidade para interceptar um navio de arpão. A Sea Shepherd utiliza barcos infláveis apenas para lançar as bombas de manteiga podre para o convés dos baleeiros japoneses.

A acusação dos japoneses de que o navio Steve Irwin usou um canhão de água é totalmente sem sentido, considerando que existem seis canhões de água no navio Nisshin Maru e dois canhões de água em cada um dos navios arpão. Isso significa um total de 12 canhões de água contra um da Sea Shepherd.

Vale ressaltar que Sea Shepherd instalou um canhão de água para a campanha deste ano apenas para se defender dos ataques de canhões de água dos baleeiros japoneses.

A Sea Shepherd Conservation Society condena veementemente a frota baleeira japonesa de entrar novamente no Santuário de Baleias do Oceano Austral e pretende impedir quaisquer atividades de caça às baleias no Santuário. Todas as operações de caça foram encerradas na semana passada e a Sea Shepherd pretende continuar impedindo as operações por mais uma semana, aumentando o custo da frota baleeira japonesa, reduzindo os lucros obtidos com a caça e impedindo a matança de baleias.

Com informações da Sea Shepherd

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