Por Raquel Soldera (da Redação)
A organização australiana Sea Shepherd Conservation Society apresentou nesta terça-feira (12), à polícia da Nova Zelândia, uma denúncia de tentativa de homicídio contra o capitão do navio baleeiro japonês Shonan Maru 2.
A embarcação Ady Gil, que fazia parte dos esforços da Sea Shepherd para perseguir baleeiros japoneses no Oceano Antártico, afundou após uma colisão com o Shonan Maru 2 na última quarta-feira (leia notícia publicada na ANDA aqui).
“A tripulação do Shonan Maru 2 agrediu a tripulação do Ady Gil com o uso de sistemas militares LRAD (dispositivo acústico de longo alcance) e mangueiras de alta pressão. Além disso, acreditamos que a colisão deliberada com o Ady Gil seja tentativa de homicídio”, disse Bill Watson, diretor da Sea Shepherd na Nova Zelândia.
A sociedade de Nova Zelândia manifestou sua preocupação após a embarcação registrada no país ter sido afundada sem nenhuma reação do governo.
O Ministro das Relações Exteriores, Murray McCully, disse que isso não é verdade. “Estamos fazendo algo sobre isso, estamos investigando o incidente. Há duas autoridades que estão realizando as investigações, uma é a Marinha da Nova Zelândia e a outra é a Comissão de Investigação de Acidentes de Transporte”.
O advogado da Sea Shepherd em Amsterdã, Liesbeth Zegveld, disse que deixou documentos com autoridades alemãs na sexta-feira, solicitando uma investigação das acusações de pirataria contra os baleeiros, mas ainda não recebeu uma resposta.
O capitão do barco Ady Gil, Pete Bethune, apresentou nesta terça-feira novas acusações contra os baleeiros japoneses, alegando que eles despejaram combustível no mar para fazer parecer que a contaminação foi proveniente do navio danificado, Ady Gil.
Ele disse que o Ady Gil comportava apenas 200 litros de combustível quando foi abalroado e os tripulantes arriscaram suas vidas para irem até a parte traseira do barco danificado e remover todos os contaminantes antes de afundar.
“Tiramos cada gota de óleo do navio antes que ele afundasse”, disse Pete Bethume.
Com informações de NZHerald