A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou o primeiro caso de leishmaniose visceral na cidade. Essa é a primeira vez que a doença é contraída no próprio município e foi constatada em um cão, que morreu no início do mês em um condomínio no distrito de Sousas.
Para investigar o possível foco de leishmaniose visceral, a Secretaria de Saúde de Campinas iniciou um inquérito sorológico em cerca de 150 cães do condomínio, que serão submetidos a exames. Os resultados devem estar prontos em 30 dias.
A investigação inclui a identificação do vetor e análise ambiental, e as ações na comunidade incluem atividades de informação, educação em saúde e mobilização social.
Doença
A leishmaniose visceral é uma é uma doença infecciosa, transmitida pela picada do mosquito-palha, que ataca vísceras como o fígado e o baço. Os insetos, que infectam cães e humanos, têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais, principalmente no início da noite e ao amanhecer.
Os sintomas são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarreia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui, podendo levar à morte até 90% dos doentes.
A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa.
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença, feito com uso de medicamentos específicos à base de antimônio, repouso e uma boa alimentação, por um período de 30 a 40 dias. É importante reforçar que, quanto antes o doente procurar orientação médica e tratamento, maior a possibilidade de recuperação e cura.
Controle
As medidas de controle são distintas e adequadas para as áreas com transmissão, como eliminação de cães infectados, controle químico do inseto transmissor e a destinação correta do lixo, entre outras medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do vetor.
Fonte: EPTV.com