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ESTUDO

Satélites morrendo podem causar mudanças climáticas e destruição da camada de ozônio

As emissões de alumínio dos satélites ao caírem na Terra e se queimarem estão se tornando mais significativas à medida que seu número dispara.

1 de maio de 2025
Kate Ravilious
1 min. de leitura
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Foto: Lockheed Martin Space/Nasa

Atualmente, há mais de 9.000 satélites orbitando a Terra, monitorando o clima, facilitando comunicações, auxiliando na navegação e observando o planeta. Até 2040, esse número pode ultrapassar 60.000. Um novo estudo mostra que as emissões de satélites desativados, ao caírem na Terra e se queimarem, serão significativas nos próximos anos, com implicações para a recuperação da camada de ozônio e o clima.

Os satélites precisam ser substituídos após cerca de cinco anos. A maioria é descartada reduzindo sua altitude até que se desintegrem na reentrada, liberando poluentes na atmosfera terrestre, como alumínio aerosolizado. Para entender o impacto dessas crescentes emissões, os pesquisadores simularam os efeitos de uma liberação anual de 10.000 toneladas de óxido de alumínio até 2040 — quantidade estimada a partir do descarte de 3.000 satélites por ano, considerando uma frota de 60.000 unidades.

Os resultados, publicados no Journal of Geophysical Research: Atmospheres, mostram que esse material da reentrada se acumulará em latitudes elevadas e poderá causar anomalias de temperatura de até 1,5 °C na atmosfera média e superior, redução da velocidade dos ventos e destruição da camada de ozônio — o que pode comprometer sua recuperação. Outros metais, como titânio, lítio, ferro e cobre, também serão liberados, mas seus impactos ainda não foram modelados.

Traduzido de The Guardian.

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