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Sapos e outros animais são servidos vivos na Ásia

13 de junho de 2013
3 min. de leitura
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Por Patricia Tai (da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Chama-se “ikizukuri” e, segundo reportagem da Care2, talvez seja a mais horrível e chocante forma de “jantar” já inventada.

Imagine um sapo gordo, vivo. Uma mão ergue-o e conduz uma faca através de sua barriga, cortando-o brutalmente pela metade. Outra mão aperta as suas entranhas, e suas lágrimas correm. A pele é arrancada pelas extremidades inferiores. Os músculos das pernas estão bem fatiados e em pedaços, e a pele crua e trêmula é colocada em um prato.

A metade superior do corpo do sapo é colocada ao centro, entre fatias de limão, molho de soja, e as partes cruas de pernas e tronco. O jantar é servido – e o pobre sapo está piscando e olhando para a pessoa que começa a comer as partes de seu corpo.

Você não precisa imaginar nada disso. Se você tem estômago, pode ver neste vídeo filmado no restaurante Asadachi, em Tóquio. Aviso: as imagens são fortes.

Acontece rápido e “furiosamente”, para garantir que esta entrada seja colocada antes do prato principal.

De acordo com a reportagem, o Asadachi se orgulha das opções bizarras de seu cardápio. No menu, também se encontram pratos com testículos e úteros de suínos, salamandras grelhadas, sashimi de cavalo e aves, pés de tartaruga e pênis de cavalos. É surreal. Na sequência, a reportagem conta que este restaurante não é o único que serve o prato “ikizukuri”, e que foi apenas o local onde o vídeo viral aconteceu de ser filmado. Em grande parte da Ásia, o prato é uma iguaria muito procurada.

Preparado vivo

“Ikizukuri” é uma palavra japonesa que pode ser traduzida como “preparado vivo”. Essa forma de preparo de animais marinhos remonta a dois mil anos de cultura asiática. A ideia básica é de apresentar o sashimi (peixe cru) em seu estado mais fresco. E nada mais fresco que aquilo que ainda está vivo, com o coração batendo, sobre o prato – o conceito em seu paroxismo, no prato em questão.

Danielle Demetriou escreveu ao The Telegraph em 2008, descrevendo a sua experiência com prato “vivo”:

“Após eu fazer a minha escolha, um chef capturou com indiferença um grande peixe que se debatia, estripou a criatura com três golpes hábeis e removeu alguns pedaços de sua carne. Uma bandeja de gelo foi colocada diante de mim levando o corpo do peixe esculpido, que se contraía claramente, com o coração ainda batendo, inequivocadamente ainda vivo. Alguns pedaços de sua carne foram cortadas em fatias finas de sashimi e colocadas ao seu lado.”

Assine a petição criada pela Care2 para que esta prática tenha fim.

Nota da Redação: Se comer animais já é algo cruel e desnecessário, comer animais vivos beira o ápice do sadismo e da falta de humanidade. Mas que isso possa lembrar a todos os que ainda comem carne que aquilo que comem diariamente em seus pratos – e está morto, cozido, e temperado, e que eles não podem ver a face – há pouco tempo também esteve vivo, e foi morto pra lhes servir de refeição. Talvez apenas o visual seja diferente.

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