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MALDADE

Sapo-cururu é encontrado com a boca colada no interior de São Paulo

15 de setembro de 2022
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Foto: Reprodução | Apiaienses Bravos

Um sapo-cururu (rhinella ictérica) foi encontrado com a boca colada em Apiaí, no interior de São Paulo. O morador que se deparou com o animal disse ao g1, nesta quinta-feira (15/09), que não é a primeira vez que encontra um sapo nesta condição. Um especialista, consultado pela reportagem, afirmou que esta ação caracteriza maus-tratos e crime ambiental.

De acordo com o autônomo Bruno Henrique Dias França, de 21 anos, o anfíbio foi encontrado no quintal da casa da prima dele, no bairro Pinheiros, na última terça-feira (13/09). A avó dele levou o animal até ele, para que tentasse descolar a boca do sapo que, segundo ele, foi colado com uma ‘super cola’.

“É comum aparecer sapo com a boca colada por aqui. Já é a terceira vez que vejo. Na primeira vez, o sapo estava com a boca costurada, e na segunda também estava com cola, e a gente conseguiu descolar”, disse.

Foto: Reprodução | Apiaienses Bravos

Ele conta que o animal estava inchado e sem conseguir respirar direito. Após algumas tentativas frustradas de tentar descolar a boca do sapo, ele deixou o animal na beira do mato. Segundo França, em menos de dois minutos ele retornou junto com outros parentes, para juntos tentarem abrir a boca do anfíbio, mas o animal já havia sumido. Eles procuraram, mas não o encontraram.

O g1 conversou com o biólogo Thiago Malpighi, que afirmou que caso alguém encontre um animal silvestre nessas condições, em vida livre, deve encaminhá-lo para um centro de triagem de animais silvestres, e que também devem ser acionados os órgãos ambientais locais para o resgate. Caso o animal seja encontrado em cativeiro, a Policia Militar Ambiental deve ser acionada.

“Tal conduta caracteriza maus-tratos e crime ambiental”, ressaltou o especialista. “O animal com a boca colada, obviamente, não tem condições de desempenhar adequadamente seu comportamento, ocorrendo, portanto diversos prejuízos ao bem-estar, incluindo alterações comportamentais e físicas importantes, podendo levar o animal relativamente rápido ao óbito”, explicou o biólogo.


Vídeo: Facebook | Apiaienses Bravos

Fonte: G1

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