Por Vinicius Siqueira (da Redação)
Após a morte de um urso em extinção na Russia, os Investigadores do Extremo Oriente Russo, da região de Primorie, abriram um inquérito nesta quarta-feira (11) para averiguar se realmente era necessário o abate do animal. As informações são da RIA Novosti.
Segundos as autoridades locais, responsáveis pela morte do urso, o animal estava caminhando pela cidade de Nakhodka agressivamente e atacando as pessoas da região, não dando outra opção para os oficiais.
As investigações começaram após a mídia noticiar que o urso-negro-himalaio, espécie em perigo de extinção iminente, não era tão agressivo como a polícia indicava ser. Segundo o departamento regional do Comitê de Investigação Russo, “O urso não demonstrava agressividade nenhuma e sua localização permitia a polícia assegurar a segurança dos moradores da região de um jeito mais humano”.
Os investigadores estão decidindo se será necessário mover acusações de crueldade contra os animais aos responsáveis pela morte do urso.
Habitat inundado
O assassinato de ursos tendo como justificativa o perigo que eles podem causar aos moradores da região, como já informado pela ANDA, é um fato infelizmente rotineiro. Os ursos são movidos para as vilas da região por não terem alimentos disponíveis em seus territórios que, segundo o RIA Novosti, estão sob a pior temporada de inundações em 120 anos.
Estas mesmas inundações, que são causadas por fortes chuvas desde o fim de julho, também afastam moradores das regiões e os obrigam a procurarem outros lugares para moradia temporária. As vilas, próximas do habitat natural dos ursos, são um destino previsível destes animais, quando famintos.
360 milhões de dólares foram enviados pelo Governo Federal Russo para ajudar financeiramente as famílias que precisaram se retirar do local e para financiar os serviços de resgate e evacuação para a região, entretanto, não é relatado se alguma ajuda foi enviada para a sobrevivência da fauna local.