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Santuário Peace Ridge é a esperança de uma vida melhor para animais explorados

19 de outubro de 2013
5 min. de leitura
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Por Julia Troncoso (da Redação)

Dennis Morelli e Melissa Andrews, funcionários do santuário. (Foto: Reprodução)
Dennis Morelli e Melissa Andrews, funcionários do santuário. (Foto: Reprodução)

Daniella Tessier fundou o Peace Ridge Sanctuary em 2001, Uma organização sem fins lucrativos que, desde então, abriga animais abusados, negligenciados e explorados, diz o morador de Portland, Dennis Morelli. Ele e sua esposa, Melissa Andrews, trabalham no painel de diretores da organização sem fins lucrativos. Morelli é o vice presidente da organização, e Andrews a tesoureira.

Enfatizando a ética vegana, o Peace Ridge Sanctuary ocupa sete acres no número 653, na estrada Back Ridge Road, em Maine (EUA), que conecta a rota 1 em orlando com a rota 15 no condado de Penobscot. Os animais recebem cuidados médicos, e um trabalhador de meio período limpa diariamente os vários estábulos nos quais eles são acolhidos no período noturno. Há também voluntários que auxiliam nos cuidados com os animais.

“Várias pessoas são necessárias para conservar e manter os animais”, diz Morelli.

Segundo Andrews, os animais vêm de lugares diferentes. Algumas pessoas renunciam a guarda dos animais que cuidam; outros são entregues por oficiais de controle de animais. O Peace Ridge Sanctuary resgatou mais de 900 animais desde 2001.

O santuário abriga muitos animais de fazenda, incluindo galinhas, patos, gansos, cabras, porcos e ovelhas. Muitos desses animais viviam em lares que os abusava ou negligenciavam, afirma Andrews.

O estábulo de coelhos abriga no momento vinte e quatro coelhos, alguns resgatados de laboratórios de pesquisa, outros abandonados por pessoas que desistiram de criar coelhos. Três bebês coelho pretos que foram recentemente abandonados em uma caixa de papelão na entrada do santuário agora vivem com uma mãe coelho adotiva no estábulo destinado a espécie. Assim como qualquer animal que é resgatado no santuário, os bebês coelho serão castrados ou esterilizados.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Patos, gansos e três perus passeiam na fazenda sarapintados pela luz do sol e sombras. Criado para adornar mesas de ação de graças, os perus interagem fluentemente com Andrews e Morelli.

Entre os perus está Pipoca, com seis meses, enviado pelo serviço postal para uma casa de engorda em Houlton quando era ainda um filhote. Condenado por ser doente demais para ser criado para engorda, Pipoca teria provavelmente morrido se voluntários não tivessem o trazido para o Peace Ridge Sanctuary. Lá, ele foi submetido a uma dieta de baixa caloria para restringir o ganho de peso natural gerado em perus domésticos. Já esbelto, Pipoca atingiu a idade quando perus abanam suas penas.

“Ele é muito carismático”, afirma Morelli depois de ter seduzido Pipoca para câmera com uma maçã verde.

Os outros animais de fazenda incluem carneiros e quinze galinhas d’angola. “A maioria delas vieram de um galinheiro que ficava num quintal dos fundos”, disse Morelli. Há ainda trinta e cinco galinhas, várias cabras, uma porca de trezentos quilos chamada Missy, e o porco Hemlock. Proeminente num cercado para cavalos estava Theo, um bezerro de cinco meses regatado de um caso de crueldade, afirma Morelli.

“Ele tinha trinta e quatro quilos quando chegou aqui. Ele precisava estar pesando setenta e sete quilos, ele era pele e osso”, diz Morelli enquanto Theo chama atenção empurrando delicadamente sua cabeça contra as calças de um visitante. Theo respondeu bem a dieta e cuidados, agora é um esbelto e jovem boi.

Os animais estão disponíveis para adoção, mas poucas pessoas estão dispostas a prover abrigo apropriado.

Muitos dos cachorros vêm de matadouros sulistas, diz Andrews. Ela explicou que no noroeste existem programas para castração que reduzem bastante a procriação de gatos e cachorros. Programas similares no sul (dos EUA), onde os animais domésticos que costumam viver fora de casa são mais raros.

“Nós criamos parcerias com alguns abrigos da Carolina do Norte na tentativa de resgatar todos os cachorros que pudemos”, declara Morelli. Existem outros grupos de resgate do nordeste (dos EUA) que participam desses esforços.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Por meio de contato via internet ou telefone com abrigos, grupos de resgate aos animais aprendem quais cachorros serão destinados à eutanazia. Andrews afirma que a Peace Ridge Sanctuary procura resgatar entre dois e quatro cachorros de cada vez, comumente em parceria com outros grupos de resgate.

Alguns voluntários trazem animais resgatados de abrigos sulistas para o norte de carro. Um van de tranporte gratuito viaja da Carolina do Norte para Nova Jersey, e os voluntários trazem cachorros de lá, diz Andrews.

Outros cachorros viajam em voos organizados pela Pilots N Paws, cujos membros são pilotos voluntários que levam os cachorros de abrigos sulistas para o nordeste dos EUA, ela afirma.

Peace Ridge Sanctuary resgatou 450 cachorros desde 2001. A maioria deles é encaminhada para lares particulares depois que eles passam por procedimentos que testam sua saúde e temperamento. Alguns dele vivem lá permanentemente.

“É difícil. Você não pode salvar a todos”, diz Andrews. “Nós poderiámos salvar mais cães se as pessoas estiverem dispostas a oferecer lares adotivos”. Peace Ridge Sanctuary provem a comida e os cuidados médicos para cães adotados.

Peace Ridge Sanctuary lançou uma campanha com o objetivo de comprar um local maior. Idealmente o novo local ficaria no sul de Bangor (Maine, EUA) e teria 100 acres, uma lagoa para aves aquáticas e uma floresta onde trilhas pudessem ser construídas, diz Morelli.

Outros objetivos incluem estabelecer um programa de estagiários e terminar um estábulo de quatro andares, designado para quarentenas, que começou a ser construído. Para o seu programa de escoteiros, o escoteiro Isaiah Albert está coordenando a construção do estábulo, que está sendo construído por voluntários.

O estábulo de quarentena vai abrigar animais do santuário que ficarem doentes e animais que acabaram de chegar no abrigo que precisam ser checados na tentiva sanar parasitas e outras condições médicas, de acordo com Andrews.

O Peace Rige Sanctuary vai oferecer uma celebração de ação de graças gentil no sábado de 2 de novembro. Os visitantes estão convidados para trazerem colheitas de outono – maçãs, uvas-do-monte, jerimuns, cabaças – para alimentar os animais. Em seguida os visitantes serão levados para a South Blue Hill Grange para uma recepção, um leilão silencioso e um buffet de jantar vegano preparado por chefs especializados.

Para mais informações sobre o Peace Ridge Sanctuary, peaceridgesancturay.org ou facebook.com/peaceridgesanctuary.

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