Inaugurada há cerca de um ano, a Bird Land (Terra dos Pássaros), localizada em Goiás, é um santuário ecológico para animais apreendidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), vítimas do tráfico e de maus-tratos. Atualmente vivem no local 340 aves, dois mamíferos e algumas tartarugas, totalizando 80 espécies diferentes. O viveiro possui 2 mil m² e 15 metros de altura, com telas galvanizadas.
Segundo o biólogo Danilo Jacinto Macedo, a maioria dos animais recolhidos tem uma boa chance de ser reintroduzida na natureza. “Aqui cuidamos deles, identificamos e fazemos o monitoramento. Até agora já foram soltos 66 animais”, explica. Entre as espécies abrigadas estão a arara-azul, a ararajuba e a curica-de-cabeça-azul.
Além do trabalho com os animais, o local serve para promover a conscientização ecológica. “Procuramos incentivar a observação da natureza em detrimento da criação de aves silvestres, além de explicações sobre a biologia dos animais”, completa o biólogo.
De acordo com Macedo, a região de Goiás funciona como ‘passagem’ na rota de tráfico de animais silvestres. Além de espécies do cerrado, já foram abrigados animais típicos da Amazônia e outras regiões do Brasil.
Atrações
A Bird Land conta hoje com três estrelas: a arara-azul Flávia, a macaca bugio Vitória e o veado Bambi. “Flávia é nosso xodó. Ela deita de barriga pra cima e os visitantes podem pegá-la no colo. É muito mansinha”, derrete-se Macedo.
A macaca bugio Vitória, que chegou ao local com apenas três meses, adora crianças. A macacaquinha aceita agrados e carinho, mas não adianta querer pegar no colo. “Ela foge. Só se aproxima de quem ela quer”, avisa o biólogo.
O veado Bambi, que assim como Vitória vive solto pelo espaço, deve ganhar uma companheira. Uma fêmea com aproximadamente um mês de vida foi apreendida pelo Ibama e levada à Bird Land. “Ela está bem de saúde, mas provavelmente sua mãe foi morta por caçadores”, explica. A esperança é que a fêmea – batizada como Flor – forme um casal com Bambi quando atingir a maturidade.
Fonte: Repórter Diário