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Santuário oferece segunda chance para animais vítimas de maus-tratos

22 de julho de 2010
3 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

Voluntários do santuário dão o café da manhã para Rosie e Spicy. Foto: EDH Telegraph

Não são muitas pessoas que podem começar o dia de trabalho conferindo o café da manhã de tigres.

“Bem-vindo ao meu mundo”, disse Jill Lute, supervisora do Folsom Zoo Sanctuary.

Todos os dias, às sete da manhã, Jill confere os mais de 70 animais do santuário e supervisiona a equipe enquanto preparam a comida dos bichos.

“E é realmente todos os dias”, ela disse. “Você vai encontrar alguns de nós até nas férias, nem que seja por algumas horas, checando e alimentando os animais.”

O zoológico-santuário foi fundado em 1963 quando pediram ao superintendente do parque, Gordon Brong, para que cuidasse de um pequeno urso chamado Smokey, pois ele já tinha cuidado de alguns veados e coiotes antes. Brong pediu à prefeitura mais espaço para os animais, e clubes locais ajudaram-no a construir jaulas para Smokey e os outros.

“Foi assim que começou”, disse Jill.

Jill começou como voluntária no santuário em 1987. Ela foi contratada como empregada em 1991 e foi promovida a supervisora.

“Amo trabalhar aqui porque amo animais”, ela disse. “Também amo trabalhar aqui pela nossa filosofia. Não somos um zoológico tradicional.”

Jill disse também que o lugar é um santuário para animais que não têm para onde ir. “Abrigamos animais que foram maltratados ou abusados, como nossos tigres, Misty e Pouncer. Eles eram confinados num local do sul da Califórnia em que vários felinos eram maltratados.”

Cada animal do zoo tem uma história semelhante para contar, ou foram simplesmente largados ali por seus tutores. Alguns, como os macacos Darwin e Wallace, foram usados como cobaias em testes de laboratórios.

“Para todos eles, esse lugar é uma segunda chance”, Jill disse. “Ou a única chance. De qualquer forma, eles estão aqui e fazemos o que podemos para mantê-los em segurança, confortáveis e recebendo carinho e atenção.”

Ela confere com os tratadores o café da manhã dos bichos. “Alguns são alimentados uma vez ao dia. Outros mais do que isso. Depende do animal. E depois que todos estão satisfeitos, passamos para a parte de medicar os doentes. Tem vezes que venho tarde da noite para medicar alguém, às vezes eles precisam de três doses por dia. Mesmo nas férias e feriados.”

Alguns precisam de um tempo a mais de atenção. “Orinoco, um dos macacos-esquilo, precisou de muito cuidado quando chegou. Logo, ele veio passar um tempo na minha casa. Minha filha adorou o hóspede.”

Sob os cuidados de Jill, Orinoco ficou bem – e um tanto arteiro até.

“Certo dia, ele destruiu o dever da minha filha. Foi engraçado explicar aquilo ao professor.”

Jill e outro tratador, Stu Wright, precisam levar Sterling, um pônei shetland, para a clínica de equinos Loornis Basin para um check-up.

“Sterling vem lutando contra a pneumonia há um bom tempo”, Wright disse. “Precisamos levá-lo sempre para ver o que mais podemos fazer por ele.”

Como Jill, Wright começou como voluntário, quando se aposentou da United Parcel Service Job. Agora ele é tratador de meio período do santuário – e ama o que faz.

“Amo estar entre os animais e trabalhando ao ar livre; aqui eu tenho a possibilidade de fazer os dois.”

O santuário sofreu perdas. Nos últimos anos, Redbud e Granite faleceram, assim como um dos cães do local, Harrison. Nessa primavera, Fisher – o urso negro – precisou ser sacrificado para aliviar o sofrimento de uma morte lenta.

“É perder um membro da família”, Wright diz. “Machuca. Nós seguimos em frente e continuamos trabalhando… mas ainda sentimos falta deles.”

Fonte: EDH Telegraph

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