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Santuário oferece novo lar para elefantes ameaçados na Flórida

9 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: National Elephant Center / Ecorazzi
Foto: National Elephant Center / Ecorazzi

O National Elephant Center em Fellsmere, na Flórida (EUA), deu boas vindas aos seus primeiros paquidermes em Maio deste ano. O grupo consistia em duas adultas fêmeas e dois adolescentes machos. O local é o primeiro santuário de elefantes desse tipo, e foi criado para assegurar a sobrevivência a longo prazo tanto de elefantes asiáticos quanto africanos. Elefantes africanos são classificados como “vulneráveis” no que diz respeito ao risco de extinção, enquanto os asiáticos são considerados “ameaçados”, ou seja, em situação ainda pior. As informações são do Tree Hugger.

De acordo com o site do santuário, a propriedade de aproximadamente 1 km² de área foi equipada com quatro celeiros, poços de água e amplos meandros para que os elefantes possam explorar. O terreno já foi um pomar particular, e não demorou muito para que os novos residentes descobrissem as frutas, disse John Lehnhardt, diretor executivo, à Suzette Laboy da Associated Press:

“Cheirando as árvores, a fêmea Moyo tentou pegar uma laranja que estava longe dela. Finalmente, ela agarrou o fruto com a extremidade de sua tromba e colocou em sua boca. Ela pareceu ter ficado encantada, como se dissesse ‘Oh, meu Deus’, e então logo começou a pegar mais laranjas e comê-las tão rápido quanto podia”, conta Lehnhardt. Moyo e seus companheiros vagaram de fileira em fileira, comendo aproximadamente 300 laranjas por dia, até não restar nenhuma. Que venha a próxima primavera, e eles estarão lá novamente”.

O santuário pretende servir como lar permanente para elefantes que não puderem mais ser cuidados por tutores particulares ou vindos de circos e outras situações de exploração.

Nota da Redação: Elefantes comendo laranjas do pomar como se fossem os últimos frutos do mundo, e como se esses frutos representassem a saciedade de toda uma vida de fome: fome de liberdade, de paz, de viver longe dos espancamentos e tiros, de não ser objeto de entretenimento, de poder ficar com suas presas ao invés de serem alvejados, assassinados, envenenados ou derrubados por elas. Fome de exercício de direitos básicos. Certamente essa cena no santuário surpreendeu por ser atípica, quando deveria ser algo natural para todos os elefantes mundo afora, se o homem os deixassem simplesmente viver.

Santuários são importantes e necessários para animais selvagens em necessidade, mas não se comparam à vida livre na natureza. Além disso, é fácil supor que não haverá santuários suficientes para todos os animais ameaçados do planeta, o que conduz à conclusão de que eles não representam a solução. Infelizmente, os fatos recentes levam a crer que a vida dos animais selvagens em liberdade está caminhando para a total impossibilidade, dada a ganância e a destruição impostas de maneira sistemática e compulsiva pelos humanos. É preciso uma mudança de mentalidade e de modus operandi de vida a nível global, para que os animais possam continuar vivendo em paz na natureza e as espécies não sejam levadas à extinção.

Isso é complexo pois requer que a humanidade abra mão do ilusório “conforto” e do desenfreado desenvolvimento urbano e industrial, bem como o abandono das práticas que visam lucros sem fim. Embora difícil, essa reversão é necessária e urgente pois, se continuarmos nesse ritmo, no final é a própria espécie humana que irá ser dizimada no famoso aprendizado “pela dor”.

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