O mês de outubro é marcado para os católicos pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. O Santuário Nacional de Aparecida, maior templo católico do país, se prepara para receber milhares de devotos durante o mês dedicado à santa.
Muitos fiéis e turistas costumam visitar a Basílica acompanhados de seus animais, por isso, a administração do Santuário criou regras para melhorar a convivência entre as pessoas e os animais domésticos, para garantir a segurança dos visitantes e também dos animais.
Saiba quais são as regras para os animais domésticos no Santuário de Aparecida:
Seu animal precisa de focinheira?
A organização determina o uso obrigatório de focinheiras para animais de grande porte ou de comportamento arisco.
Quais pontos turísticos os animais podem e não podem entrar?
- Circuito de visitação (Museu, Mirante, Fachada e Cúpula): é permitido o acesso de animais de pequeno e médio porte, dentro da caixa de transporte.
- O Trem do Devoto e os Bondinhos Aéreos também permitem animais de pequeno e médio porte, dentro da caixa de transporte.
- No espaço externo do Morro do Cruzeiro e no Caminho do Rosário, os animais poderão circular presos na coleira.
- Lojas do Santuário: Os animais domésticos devem estar no colo. Em casos de animais de grande porte, a orientação é para que algum conhecido do animal aguarde com ele no lado de fora.
- Áreas comuns do Santuário: Na Basílica, no pátio, no subsolo, no Centro de Apoio ao Romeiro e na Praça da Alimentação, o tutor deve ficar atento para que o animal esteja com coleira.
Posso me confessar com meu animal?
A orientação é para que os responsáveis deixem ele com uma outra pessoa conhecida do animal, aguardando na Capela das Confissões.
Seu animal pode estranhar outro animal ou uma pessoa. Ou até mesmo outro animal estranhar o seu, já que alguns cãezinhos de rua costumam passear pelo Santuário também.
Por este motivo, é recomendável ficar atento à sua volta, nas pessoas que caminham na sua direção e nas reações de seu animal, para garantir a segurança de todos.
Cuidados com higiene, segurança e saúde do meu animal
- Higiene: Leve saquinhos plásticos para recolher as fezes do animal e jogar no lixo mais próximo.
- Saúde: Atenção para estar em dia com a vacina do seu animal domésticos.
- Segurança: É importante que seu animal tenha uma placa de identificação com os telefones mais atualizados do tutor em sua coleira. Assim, caso aconteça algum imprevisto, quem o encontrar pode entrar em contato com o tutor.
Dicas do especialista
Para ter uma viagem confortável com seu animalzinho, a veterinária Mariana Ramos conversou com o g1 e deu algumas dicas de como fazer o passeio ser agradável. Ela explica que em caso de viagens longas, é ideal ter algumas precauções antes de sair de casa.
“Idealmente o animal deve estar acostumado a fazer essas viagens e isso acontece quando o tutor leva o animal com frequência até que se torne leve. Mas caso o animal não esteja acostumado, pode ser bem estressante sim”, explicou.
“Se possível, evite dar muita comida e água antes de iniciar a viagem, minimizando as chances de vômitos. Faça pausas para xixi e nunca deixe o animal preso no carro, sendo um grande risco de insolação para o animal. No caso de viagens longas, as pausas para água e alimentação são inevitáveis, mas evite grandes quantidades. Manter o carro fresco, o animal preso com cinto próprio e caixa de transporte evitam que o animal se machuque no trajeto”, completou.
Alguns animais podem se sentir estressados devido à quantidade de gente na Basílica – em média, cerca de 320 mil pessoas visitam o Santuário no dia 12 de outubro. Portanto, é importante ficar atento aos sinais que o seu animal pode dar, já que cada animal tem o seu jeito de reagir a esse incômodo.
“Se o animal for sociável e habituado a locais cheios, deve ser relativamente tranquilo, mas a maioria dos animais ficam estressados com tanto estímulo, como cheiros, movimentação intensa, barulhos. O ideal é evitar a ida, mas se não for possível, leve-o com você, mas mantenha-se afastado de grandes multidões, evite horários de pico e faça com que sua visita seja o mais breve possível”, orientou a veterinária.
Em relação às condições climáticas, a Drª Mariana aconselha que, nos casos de calor excessivo, o indicado é evitar os horários mais quentes do dia, atentar-se à temperatura do chão para evitar queimadura das patinhas e manter o animal bem hidratado, oferecendo água com frequência.
Já a possibilidade de dias chuvosos, ela fala que se o animal for daqueles que têm medo de chuva, evite ao máximo a ida dele se esta for a previsão do dia. Mas, se o cão ou gato aceita bem a chuva, procure um abrigo da chuva, fresco, com a menor aglomeração possível. Se for um animal de pequeno ou médio porte, carregá-lo no colo pode ser mais cômodo para todos. Caso o animal fique molhado, não se esqueça de secar bem depois.
A veterinária também reforçou a importância dos animais estarem com a carteira de vacinação em dia.
“Muitas doenças são transmitidas pelo simples contato dos animais, algumas podendo ser transmitidas em um ambiente contaminado, sendo assim, a vacinação em dia ajuda a prevenir uma contaminação onde muitos animais irão circular. Pensando nas pessoas, é importante ter a vacina obrigatória da raiva em dia, caso seu animal morda alguém, seja pessoa ou outro animal”, finalizou.