Um boi foi resgatado por volta de 22h de terça-feira (23), em uma casa no bairro Uruará, após divulgação de um vídeo no qual o animal aparece sendo espancado a pauladas pelo tutor em uma rua de Santarém, oeste do Pará. A denúncia foi enviada à TV Tapajós por um morador que não quis se identificar e repercutiu na cidade, motivando as entidades de proteção aos animais a registrarem Boletim de Ocorrência.
No vídeo, é possível ver o homem agredindo o boi, que estava preso a uma carroça. O animal é atingido com vários golpes na cabeça, enquanto fica deitado no chão. No momento, uma criança observava a cena e outra brincava próximo ao local. (Confira o vídeo dos maus-tratos aqui)
Segundo uma das organizadoras da ONG União Animal, Denise Albuquerque, após registrar o caso na polícia, a entidade uniu forças com as ONGs Amor Além da Raça e Insitituto Charlott e saiu em busca de localizar a casa do tutor do animal. “Registramos na polícia por volta de 18 horas, então saímos junto com a polícia em busca da localização do animal. Perguntamos de casa em casa, encontramos a pessoa que fez o vídeo e ela passou o endereço correto”.
Denise conta que o animal foi encontrado com vários hematomas na cabeça, o que indicou que ele era vítima de maus-tratos. O tutor do animal afirmou que agredia o boi com a intenção de domesticar. Ele não se negou a entregar o animal, que foi encaminhado ao Centro de Controle Zoonozes (CCZ) onde deve passar por exames que atestem os maus-tratos.

O homem não foi detido pela polícia, mas deverá ser intimado para esclarecimentos. No momento do resgate do boi, um cão que seria do tutor do boi foi encontrado com a pata fraturada e também encaminhado ao CCZ.
O animal vai ser doado e deve ficar aos cuidados de uma pessoa em uma fazenda na cidade.
Punição
De acordo com o artigo 32 da Lei 9.605 de crimes ambientais, quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, pode ter como pena detenção de 3 meses a 1 ano e ainda receber multas. A pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal.
Fonte: G1