Em Santa Catarina, 275 espécies de animais estão em risco de extinção. A lista mais atualizada, divulgada pela Fundação do Meio Ambiente é de 2011. O levantamento é feito pela Fatma a cada cinco anos, em média, segundo a bióloga Beloni Marterer. “É necessário fazer uma pesquisa constante por que os habitats mudam e o grau de ameaça das espécies também. O levantamento é feito em períodos curtos para que as mudanças possam ser avaliadas”, explica.
Segundo a bióloga, existe uma listagem nacional, porém, as desenvolvidas em cada estado são mais detalhadas. “A lista é mais precisa, é um trabalho bastante grande. Depois, ele é aprovado por uma comissão de biólogos da Fatma”, comenta. Veja a lista completa da Fatma. Em Santa Catarina, o grupo com mais espécies ameaçadas é o das aves. Ao todo, 97 delas podem ser extintas. O grau de risco é classificado em Criticamente Ameaçado, Em perigo e Vulnerável, sendo as espécies Criticamente Ameaçadas as mais preocupantes e as Vulneráveis as menos.
O levantamento é separado em mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, equinodermos, como estrelas-do-mar, crustáceos, aranhas, Polychaeta, de vermes aquáticos, insetos, moluscos e cnidários, como anêmonas e corais. Destes, 71 estão Criticamente Ameaçados, 68 estão Em Perigo e 136 em situação vulnerável.
Baleia-franca
O Litoral de Santa Catarina é considerado berçário natural da espécie. “É comum a presença de baleias-francas no litoral brasileiro, principalmente no Sul do país, área de concentração reprodutiva da espécie. Elas frequentam essa região entre os meses de julho e novembro para o nascimento dos filhotes e o acasalamento”, informa a bióloga Karina Groch, diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca. A espécie é classificada como Vulnerável.
Lobo-guará
Entre os animais Criticamente Ameaçados está o Lobo-guará, encontrado no Parque Nacional de São Joaquim, na Serra. Eles possuem dieta variada, indo de frutos até pequenos animais. Eles vivem sozinhos mas se juntam em casais na época reprodutiva, sendo que os machos ajudam as fêmeas a cuidar dos filhotes. “Na nossa região vemos rastros, mas ele é um animal bastante arredio, então não existe um levantamento de quantos existem na região”, explica Michel Omena, analista ambiental do Parque Nacional de São Joaquim.
Gavião-de-penacho
Esta ave tem um filhote a cada três anos, o que torna a reposição da espécie na natureza muito pequena. Por isso, o gavião é classificado como Criticamente Ameaçado. Segundo informações do Instituto Rã-bugio, é uma ave de grande porte, e mede entre 58 e 67 centímetros. Ela possui na cabeça um conjunto de penas que medem até 10 centímetros e formam um penacho preto.
Fonte: G1