A cantora Sandy usou sua página no Instagram para se despedir de sua cachorrinha Zelda. A cadela da raça Papillon tinha 12 anos de idade e lutava contra dois tumores. Além da cantora, seu ex-marido, Lucas Lima, também homenageou o animal na rede social.
“Que post difícil de fazer… Tô me despedindo de 12 anos e meio de uma parceria tão linda, de tanto, tanto amor e tanta troca… Minha primeira ‘filhinha’, serelepe, inteligente, cheia de amor e de alegria, que tava sempre com uma coisa maior que ela na cabeça – kkk –, precisou ir descansar. E eu entendo, ela precisava mesmo. Mas a saudade já tá enorme… o coração, doído… Ela me ensinou um monte. E isso vai ficar guardado junto com as tantas e tantas memórias felizes que eu tenho dela junto da minha família. Você foi uma parte importante dela.”, escreveu Sandy na postagem.
“Obrigada Zeldinha, por ter lutado tanto, ter sido tão guerreira nesse último ano e por ter sido a melhor companheirinha que uma família poderia ter. Te amo pra sempre.”, se despediu Sandy.
O músico Lucas Lima também usou o Instagram para se despedir de Zelda, com quem convivia desde o nascimento do filho Theo, de 7 anos. “Pra quem já perdeu um bichinho nem precisa explicar, pra quem nunca perdeu, nem adianta… é um tipo de dor tão específica, dói num lugarzinho só dela”, lamentou Lucas.
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“Foram oito meses lidando com dois tumores e ela teria ido embora há tempos se não fosse a Sandynha guerreira que lutou que nem uma doida e não só estendeu a vidinha, mas deu qualidade pra nossa Zeldinha ficar com a gente mais um tempinho”, finalizou o músico, emocionado.
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Doenças terminais
A cadelinha morreu em decorrência de dois tumores. Para a médica veterinária Michelli Westphal de Ataí, os neoplasmas, popularmente conhecidos por tumores ou câncer, podem ser entendidos como um aumento do volume celular.
“Alguns tumores são mais conhecidos, porque eles têm uma carga genética: podem ser hereditários, congênitos ou adquiridos. Algumas raças a gente já sabe que são mais propensos a um tipo de tumor, mas eventualmente um cão sem raça definida (SRD) pode desenvolver ou vir a carga genética da mãe, avó ou tataravó, então não tem muito como saber”, explica Michelli.
Além disso, a médica veterinária ressalta que os tumores podem afetar todos os órgãos, sem exceção, e que a idade é um fator de risco. “Onde circula sangue ou tem troca genética pode desenvolver, por exemplo, cães de médio ou grande porte, têm propensão de desenvolver tumores ósseos ou articulares. A probabilidade é maior em animais mais idosos, por isso recomendam-se os check-ups”, orienta.
Cães da raça boxer, por exemplo, tem uma propensão maior de desenvolver tumores do que cachorros SRD.
A identificação de neoplasmas pode ser visível, explica a veterinária. “Quando é pele ou quando tem algo muito externo, como um tumor ósseo que é mais visual, o tutor vai perceber. No entanto, quando é em um órgão interno, como um tumor cerebral, pulmonar, de baço ou fígado é imperceptível”.
“O comportamento do animal muda, vão existir outros sinais de desconforto e apatia e é muito importante o tutor ficar atento. O mais indicado é fazer check-ups anuais, pois qualquer alteração vai ser detectada precocemente”, esclarece.
Cães vivem até os 15 anos, sendo que alguns animais chegam a mais de 20 anos, mas a vida dos cães é curta em relação à nossa. “Quando o animal é diagnosticado com alguma patologia maligna, nós temos que realizar um trabalho psicológico. É importante a família aceitar aquela triste condição e aproveitar da melhor maneira possível o tempo que ainda tem com seu cão ou gato” diz Micheli.
Cada relação tutor e animal é única, cada caso responde de uma maneira diferente, mas é muito importante você não adiantar o sofrimento futuro e permitir que o animal faça sua passagem em tranquilidade e paz”, finaliza a médica veterinária.