Do portal iG: “Armadilhas fotográficas e de vídeo da ONG World Wildlife Fund (WWF) descobriram um número recorde de tigres de Sumatra, uma das sub-espécies do grande felino mais ameaçadas de extinção atualmente, nas florestas de Bukit Tigapuluh. Foram 47 fotografias e vários minutos de vídeo, com os quais os especialistas identificaram 12 indivíduos, incluindo duas mães com filhotes. Estima-se que existam apenas 400 tigres de Sumatra em ambiente selvagem no mundo. “É o maior número de tigres que encontramos no início de uma pesquisa”, afirmou Karmila Parakkasi, líder da equipe de pesquisa da ONG em Sumatra”.
Boa notícia, não? Acontece que essa preciosa população de tigres de Sumatra está num terreno de propriedade da Barito Timber Pacific. Que pretende devastar a região para plantar eucaliptos para a empresa indonésia Asia Pulp & Paper.
Esses tigres ameaçados de sumir da face do planeta não estão sendo ameaçados por plantadores de soja. Mas pela indústria do papel. São símbolos de uma era. A indústria gráfica cria florestas artificiais, estéreis. Destrói coberturas nativas tanto quanto a indústria do gado. É a ameaça que pesa sobre esses tigres.
Parece muito poético dizer não se troca o papel por nada, que jamais se trocará o livro tradicional por uma edição eletrônica. Pois uma única edição de um jornal de domingo consome uma quantidade imensa de árvores, mesmo que sejam eucaliptos e pinus. Livros, jornais e revistas convencionais ainda por cima provocam muita poluição para serem transportados. A indústria do papel é uma indústria de morte. Os tablets estão aí para salvar os tigres de Sumatra.