Salvador, capital da Bahia, possui uma população estimada em 60 mil animais abandonados nas ruas. Sem política pública direcionada ao cuidado e castração dos cães sem tutor, o tratamento fica a cargo de um abrigo e da boa vontade de cidadãos. Soltos nas ruas, os animais não têm controle reprodutivo, o que facilita, ao mesmo tempo, a multiplicação e a mortalidade dos bichos.
“Uma única cadela produz, a cada cinco meses, de oito a dez novos filhotes em cada cria”, diz Janaína Rios, da Comissão Administrativa da Associação Célula Mãe, voltada à defesa dos animais.
As ONGs não possuem estrutura física e financeira para tratar de todos. O único abrigo de cães em funcionamento atualmente em Salvador, o São Francisco de Assis, recolhe, cuida e protege 350 animais, 50 acima da capacidade. “Não há órgãos públicos para recolher animais na rua. O Centro de Zoonozes só entra em ação em caso de doenças. O programa de castração gratuito não atende os cães de rua, os cães errantes. Deveria haver uma política pública em que a prefeitura devolvesse os animais para seu habitat mas castrados”, propõe Patruska Barreiro, diretora do São Francisco de Assis.
Para o serviço de castração, o telefone do Centro de Zoonozes da Prefeitura de Salvador é 156 ou 160. Quem se interessar em adotar um animal, pode conseguir no Abrigo São Francisco.
Fonte: Bahia Notícias