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Saiba qual é o caminho feito por animais resgatados após as cheias no RS; 10 mil já foram salvos

Caso do cavalo Caramelo se tornou símbolo do socorro a animais de estimação e silvestres no estado. Rede de acolhimento reúne órgãos públicos, entidades da sociedade civil e voluntários.

11 de maio de 2024
Gustavo Chagas, g1 RS
9 min. de leitura
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Socorrista do Grad atende cãozinho resgatado após cheia no RS — Foto: Jürgen Mayrhofer/SSPS

O Rio Grande do Sul já registra cerca de 10 mil animais resgatados durante as enchentes no estado que já deixaram 126 pessoas mortas até esta sexta-feira (10). O salvamento dos animais– de pequeno ou grande porte – é resultado de uma ação que une famílias afetadas, voluntários, especialistas, entidades da sociedade civil e poder públicoEntenda abaixo.

caso do cavalo Caramelo, ganhou atenção após um registro do Globocop, exibido na GloboNews. A ação mobilizou diversas forças de segurança, até que o Corpo de Bombeiros de SP e veterinários conseguiram chegar ao local, em Canoas, para salvar o equino. Resgatado na quinta-feira (9), o animal já apresenta quadro de saúde estável.

Em Porto Alegre, a prefeitura calcula que 4,8 mil animais foram resgatados de áreas alagadas, incluindo bichos encontrados sem seus tutores.

Como são os resgates

Os resgates são descentralizados, ou seja, ocorrem em diversos pontos do estado e a diversas mãos. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), por exemplo, enviou uma equipe para dar apoio ao Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad), uma organização não governamental que está atuando no RS.

Essa força-tarefa conseguiu resgatar 500 animaisprincipalmente cães e gatos. No entanto, não apenas pets foram salvos. O grupo também resgatou animais silvestres, como aves e até guaxinins. O grupo já passou por Eldorado do SulSão Sebastião do Caí, Canoas e Esteio – localidades em que há acesso terrestre.

“É fundamental reconhecer o empenho de todos os agentes envolvidos nos resgates, que formam uma rede integrada e organizada. Estas ações são essenciais para o salvamento das vidas dos animais”, diz a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.

Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e voluntários também estão socorrendo os animais. Um dos servidores em ação é Paulo Wagner, analista ambiental, médico veterinário e chefe do Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Porto Alegre.

“Nós andarmos duas, três, cinco, sete quadras de barco tentando chegar até a casa das pessoas. Nós fizemos uma pequena parte, uma rede imensa de voluntários trabalhando, as Forças Armadas, as redes de segurança, os bombeiros, voluntários. Gigantesco o processo”, relata Wagner.

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