Os mimos na alimentação de animais, como dar carne ou pão, podem até agradar, mas muitas vezes resultam em ganho de peso. A obesidade em animais, apesar de não causar tanta preocupação nos tutores, pode acarretar sérios riscos à saúde do seu cão ou gato. Aliado às porcarias ingeridas, o fato de muitos ‘pais’ não levarem seus animais para passear nem brincar acaba deixando-os um pouco acima do peso, quando não obesos.
O ganho de peso se dá, principalmente, por causa da diferença entre a quantidade de calorias consumidas e gastas. Se o animal se alimenta bem, mas não gasta energia, ele pode ficar gordinho. Também nos casos em que ele queima bastante gordura, mas come muitas guloseimas, os quilinhos a mais podem aparecer. Se só come besteiras e não se exercita, então é provável que ele se torne obeso.
A obesidade pode trazer muitos problemas: diabetes, câncer, doenças de pele e menor expectativa de vida, além de problemas cardiovasculares, articulares e respiratórios. Apesar dos possíveis danos, muitos tutores acabam não reconhecendo o excesso de peso e não levam os animais ao veterinário.
Diagnóstico
Identificar se o seu animal está gordo é fácil: nos animais de raça pura, as proporções entre o peso, tamanho e idade ajudam a diagnosticar sem problemas se ele está ou não acima do peso; já nos vira-latas, o método mais fácil para verificar a quantidade de gordura no corpo dele é passando a mão sobre o tórax e musculatura abdominal.
Se as costelas estiverem visíveis e a cintura estiver bem definida – sem gordura para apalpar – é sinal que ele está muito magro. Se for possível apalpar as costelas e visualizar bem a silhueta da da curvatura abdominal, significa que ele está no peso ideal. Agora, no caso de, ao passar a mão sobre as costelas, não sentir os ossos por causa da gordura que os encobre, ele deve estar acima do peso.
Tratamento
Para se certificar se o animal realmente está acima do peso e para garantir a eficácia no tratamento, é recomendável o acompanhamento veterinário. À primeira vista, o profissional irá avaliar as condições de saúde, para só depois passar as orientações necessárias para sua recuperação.
O primeiro passo é cortar as guloseimas que o animal ingere, trocando, inclusive, o tipo de ração da qual ele se alimenta para uma que seja própria para o emagrecimento – com baixa quantidade de calorias, mas que não tenha defasagem em vitaminas e minerais. Esses alimentos ‘dietéticos’, por assim dizer, têm também maior porcentagem de proteínas e fibras, que mantêm a massa magra e ajudam a eliminar as gorduras.
Os exercícios físicos complementam o tratamento, mas é bom lembrar que, pelo fato de o animal estar acima do peso, ele pode sentir dificuldades para longos passeios ou corridas. Por isso, se a língua estiver para fora, a respiração excessivamente ofegante e ele rejeitar continuar, é preciso respeitar o limite. O ideal é ir aumentando, aos poucos, a intensidade das atividades e continuar frequentando o veterinário para conferir os resultados.
Fonte: donnaDC