Acessórios, como cinto de segurança e caixas especiais, garantem o transporte tranquilo dos animais
Cachorro com o focinho para fora da janela do carro costuma ser simpático e chamar a atenção de todos no trânsito. Mas essa atitude, de certa forma comum, pode colocar em risco a segurança do animal e das pessoas. Embora não seja uma preocupação de grande parte dos tutores, a forma de transportar os animais pode evitar acidentes e doenças.
“As pessoas têm o habito de levar os animais de maneira errada, no colo, no banco dianteiro do carro, no banco traseiro com a janela aberta ou na caçamba. É a falta de hábito de usar o cinto ou a caixa”, comenta a veterinária do Villa dos Bichos, Soraya Palhares Tawada. Para ela o hábito de colocar o cinto no animal só será absorvido quando o motorista for multado e sentir no bolso o peso da multa.
O Código de Trânsito Brasileiro determina que é proibido transportar animais na parte externa do veículo. O motorista também não pode levar os bichos no colo ou à sua esquerda. A multa pode chegar a R$ 130 e cinco pontos na carteira de habilitação. Deixar o animal solto dentro do carro, apesar de não estar previsto em lei, não é a atitude ideal, já que pode desconcentrar o motorista. “Ele sempre está preocupado. Se o animal engasga ou late, por exemplo, a pessoa pode virar para ver o que está acontecendo e desviar a atenção do trânsito”.
A cabeça para fora do veículo também pode trazer danos à saúde do animal, como ressecamento nos olhos. “O vento forte no ouvido pode provocar uma otite, ele pode ser picado por algum inseto ou desenvolver uma dermatite”, ressalta Soraya.
Em uma freada brusca o animal solto pode se machucar gravemente. O ideal é usar cinto de segurança ou caixas para transportá-lo dentro do carro. “Como chama a atenção e todo mundo mexe com o bichinho quando para no sinal, ele pode escorregar para fora ou mesmo se empolgar e pular pela janela do carro”, comenta a veterinária Fernanda Vilela, do Mulekão Pet Shop.
As veterinárias dizem que o correto é colocar o cachorro, com o cinto de segurança, e no lado direito do banco de trás, para facilitar a visualização do animal. Fernanda ressalta que, apesar da lei e da segurança que proporcionam, a procura por esses acessórios ainda é pequena nos pet shops. “Usar o cinto de segurança é fundamental, seja num passeio rápido ou a caminho do pet shop”.
Para cada tipo de cão, um acessório
Para animais de pequeno porte, a caixinha ou a cadeirinha são excelentes. “Na cadeirinha o vidro pode permanecer meio aberto o cão fica em uma altura que vai permitir enxergar a área externa”, explica Soraya. O acessório também traz mais conforto ao animal.
Já para animais mais agitados a veterinária sugere o uso da caixinha. O cinto de segurança é a melhor opção para as cães de grande porte. Há modelos de cinto de segurança que prendem a guia na base do cinto do carro. Também há modelos mais sofisticados, em que o peitoral já vem acoplado ao cinto e que dispensam a coleira.
“A pessoa só precisa levar a guia para passear com o cão”, explica Fernanda. Os cintos são vendidos ao preço de R$ 25 a R$ 60; as caixas, a partir de R$ 50; as cadeirinhas, acima de R$ 70. Como nem sempre o animal se acostuma fácil a certos acessórios, se apresentar resistência nos primeiros dias, Fernanda sugere oferecer um biscoito ou petisco para que ele relacione o uso a algo prazeroso.
Fonte: A Cidade