EnglishEspañolPortuguês

Saiba como ajudar seu cão a passar pela terceira idade canina

8 de novembro de 2010
3 min. de leitura
A-
A+
Diz a sabedoria popular que cachorro velho não aprende truques novos. Esse é um engano comum que muitos tutores de animais cometem. Os amigos caninos também ficam velhos, mas nem por isso não podem ter qualidade de vida na terceira idade. Algumas vezes, pequenos tratamentos podem melhorar bastante a vida do cão.

Esse é o caso do empresário Osvaldo Rodrigues da Conceição e sua cachorra Bianca. Ela deixou de comer, ficava cansada com facilidade e quase não se movimentava. Bastou um simples exame eletrocardiográfico para descobrir que ela tinha uma cardiomiopatia dilatada, ou seja, um aumento generalizado do coração, comum em cães com idade avançada. Bastou alguns comprimidos por dia para ela voltar ter uma vida saudável.

“É incrível que apenas alguns medicamentos mudaram a vida dela. Agora ela come normalmente, late bastante e corre de vez em quando. Realmente parece outra cadela”, diz o tutor.

Diagnóstico precoce

A veterinária Cláudia Gianfrancesco explica que a grande maioria dos problemas que os cães idosos possuem é facilmente tratável, se identificados com antecedência. “Muitas pessoas ignoram os problemas de seus cães por pensar se tratar uma coisa normal da idade avançada. Muitas vezes se consegue dar uma boa qualidade de vida e prolongar em alguns anos o tempo de vida dos animais”, explica.

Porém, chega um momento em que as doenças evoluem e não há um tratamento disponível que ajude os cachorros, embora haja muitos recursos como hemodiálises, tomografias e ressonâncias magnéticas.

A professora Adriana Nogueira de Sá passou por esse problema. Ela comprou duas fêmeas, das raças Dog Alemão e Basset Hound, e com o passar do tempo as duas tiveram problemas graves. A maior tinha insuficiência renal crônica e a menor, um tumor cerebral. Chegou um momento em que teve que tomar uma difícil decisão, fazer ou não a eutanásia.

“Mesmo com todos os remédios e tratamentos, chegou num ponto que a Dog Alemã não se levantava mais do canil e a Basset tinha incordenação motora e convulsões. Lógico que com os remédios elas viveram alguns anos a mais, mas estavam sofrendo muito e decidimos pela eutanásia. Na mesma semana sacrificamos as duas, foi a decisão mais difícil que já fiz na vida”, lamenta Adriana.

Cláudia conta que esse assunto da eutanásia é muito polêmico e que cabe ao veterinário instruir os tutores na melhor decisão a ser tomada. “Vai muito do conhecimento e da sensibilidade do médico veterinário. Damos conselhos e opções, mas a decisão final sempre é do tutor”, ressalta.

O que fazer

Como os seres humanos, os cães precisam de tempos em tempos de uma bateria de exames para identificar possíveis doenças que ainda estão no início. A partir do Check-up, é possível definir uma série de tratamentos disponíveis na medicina veterinária hoje.

“A partir do momento que se faz exames como eletrocardiograma, função renal e uma simples inspeção dentária podemos definir a melhor maneira de tratar o paciente. Hoje existem muitas opções de remédios e até rações especiais para vários problemas caninos. Um acompanhamento anual certamente prolongará a vida do seu cachorro”, conclui Claudia.

Fonte: EPTV

Você viu?

Ir para o topo