O presidente Lula visitou a China nesta semana e os dois países fecharam acordos nas áreas de comércio, cultura, agricultura, meio ambiente e infraestrutura. Além do desenvolvimento conjunto de satélites e cooperação para pesquisa, a comitiva brasileira também visitou empresas que ajudaram na revolução verde que a China liderou na última década.
A poluição é uma das principais causas da diminuição da expectativa de vida dos chineses. A industrialização foi meteórica, e poluição do ar também. Mas a história começou a mudar quando o país sediou os Jogos Olímpicos, em 2008.
O presidente Xi Jinping lançou, em 2013, uma ambiciosa campanha ambiental. Na TV, a propaganda dizia: “Montanhas verdes e água limpa são iguais a montanhas de ouro e prata”. Além de crescer economicamente, ele percebeu que o combate às mudanças climáticas, a energia verde e a diminuição da poluição eram fundamentais.
A principal mudança foi diminuir o uso do carvão como fonte de energia e a última usina em Pequim foi fechada há cinco anos. O governo cancelou planos de construir outras 103 usinas.
A média da redução da poluição do ar entre 2013 e 2020 foi de 40% na China. Mas as grandes cidades reduziram ainda mais:
- Em Xangai, as partículas poluentes diminuíram em 44%.
- Em Guangzhou, 50%.
- Em Shenzhen, 49%.
- Em Pequim, uma cidade com mais de 5 milhões de veículos, a diferença foi de 56%.
- E quase ¼ dos carros vendidos hoje são elétricos.
- Em seis meses, toda a frota de ônibus e de táxis de Pequim será elétrica.
A China já é o maior produtor e tem o maior mercado de veículos elétricos na Ásia. E a maior fabricante chinesa pretende conquistar o mercado da América Latina, começando pelo Brasil, com planos de construir uma nova fábrica, além das três já existentes.
Um outro exemplo são os drones elétricos para transportar passageiros, que já existem e estão em fase de testes.
Seis das 10 maiores fabricantes de painéis solares e quatro dos 10 maiores fabricantes de turbinas eólicas são chineses.
O país também lidera o mundo na construção de usinas nucleares.
Fonte: G1