Há um ano e meio, a empresária Silvia Morais recebe diariamente a visita de um grupo de saguis no quintal de casa, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná. Os animais se aproximam da residência em busca de alimento e são atendidos, já que ela dá comida para os pequenos saguis.
Silvia conta que os animais são dóceis. “Normalmente eles aparecem em um bando de 15 a 20 macaquinhos. Eles surgem por aqui sempre entre 9h e 11h. Às vezes, aparecem à tarde”, comenta. A empresária disse que, desde que começaram a aparecer, nunca entraram na casa dela atrás de comida.
Os macacos vivem no Parque Margherita Sannini Masini, próximo ao Centro da cidade. O hábito de alimentar os saguis também pertence a outros residentes da região. A empresária conta, os moradores ao redor do parque já estão acostumados com a presença dos saguis. “Todos os dias, os vizinhos deixam uma cesta de frutas para alimentar os saguis”, afirma. Silvia revela que os moradores deixam banana e maçã para os saguis, e que os animais comem todas as frutas.
De acordo com a veterinária Erika Zanoni, os saguis se acostumaram com a facilidade ter alimento por perto. “Durante todo este tempo, a população colaborou com esse aprendizado, e os animais sentiram seu trabalho facilitado. Às vezes, até existe algum alimento no parque, mas eles acham mais saboroso o alimento vindo dos moradores”, esclarece.
Recomendações
A veterinária não recomenda que as pessoas continuem com o hábito de alimentar os saguis. Segundo Erika, o alimento humano pode gerar intoxicações e doenças nos macacos. Outra situação é o risco que representa aos moradores. “Os macacos têm uma personalidade irrequieta, comportamento extravagante e imprevisível, podendo ocorrer acidentes, como por exemplo, uma mordida do animal”, explica.
A veterinária alerta que esses animais também podem transmitir doenças. De acordo com Erika, é importante que a população se informe para diminuir os riscos entre animais e humanos
Fonte: G1