Vários saguis foram encontrados mortos em um condomínio localizado no Conjunto Rosa Elze, em São Cristóvão, no Sergipe. Outros macacos da espécie foram localizados com vida, porém doentes.
“Começou com um animal, ele ficou jogado pelos cantos. Fui em busca da Polícia Ambiental e eles tiveram aqui. Disseram que não existia ferimentos no animal e foram embora. Tinha receio de ser uma doença contagiosa. E meu medo se concretizou, a doença se espalhou para quase todos os macacos”, disse a professora Carla Mesquita, que conta que os saguis vivem em uma área de mata que cerca o condomínio.
O síndico do prédio, Hermano Júnior, afirma que os macacos apresentam fraqueza. “Tem essa questão da febre amarela em alguns locais do país e nós estamos com medo justamente disso”, contou Hermano Júnior.
A equipe da Vigilância em Saúde do município esteve no local e coletou uma amostra para análise. Não há previsão para a divulgação do resultado.
“Fizemos a coleta do material e iremos encaminhar para análise no Laboratório Central de Saúde do Estado de Sergipe para que a gente possa possuir um resultado o mais rápido possível. Ainda não tem como dizer o que está acontecendo. A gente suspeita que pode ser um envenenamento. É preciso alertar a população para não entrar em contato com os animais”, explica Danielle Rodrigues, diretora de vigilância em saúde de São Cristóvão, em entrevista ao G1.
Nota da Redação: Apesar de ainda não haver informações a respeito da causa da morte dos saguis, é importante ressaltar, devido à suspeita de febre amarela, que os macacos não transmitem a doença, que é transmitida pelo mosquito haemagogus em áreas florestais e pelo aedes aegypti – também transmissor da dengue – em áreas urbanas. Sendo assim, o macaco não deve ser visto como uma ameaça.